Painel do Leitor

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online

Lula, Maluf e Haddad
Pensando positivamente, se Lula e o PT podem fazer aliança com Paulo Maluf, então o mundo pode, sim, viver em paz. Será um mundo em que as ideologias se misturem sem limites, onde brancos e negros, cristãos e mulçumanos, gays e héteros, ricos e pobres, corintianos e anticorintianos, todos, sem exceção, convivam em paz por um objetivo maior, por um mundo melhor. Por que não? Lula é o "John Lennon do século 21"!
Guto Sciotti (São Paulo, SP)

-

Sabe-se que Lula é de uma sabedoria política além do normal, mas, ainda assim, achei incompreensível sua aliança com Paulo Maluf.
Anísio Franco Câmara (São Paulo, SP)

-

*Só posso rir da "indignação" de alguns leitores sobre o apoio de Maluf a Haddad. O PP apoia Lula desde quando ele era presidente e, à época, não me lembro de ter visto tantos "indignados".
Ana Beatriz Reis* (Bertioga, SP)

-

Ontem, no Painel do Leitor, dez mensagens de leitores ironizavam a absurda aproximação entre Lula e Maluf. Contudo o texto "Intelectuais ligados ao PT se calam sobre aliança" ("Poder", ontem) escancara o abismo que há entre petistas históricos e uma militância amorfa.
Celso P. Lima (São Paulo, SP)

-

Acompanhando as mais estapafúrdias alianças recentes -Márcio Thomaz Bastos e Carlinhos Cachoeira, Lula e Maluf-, sugiro que o Painel do Leitor passe a ocupar uma página inteira, para que mais brasileiros possam mostrar sua indignação.
Osvaldo Cesar Tavares (São Paulo, SP)

-

Mais do que o medo dos arrastões em restaurantes, nós, paulistanos, deveríamos temer alianças do PT com Maluf e do PSDB com Alfredo Nascimento. Para coroar, agora o prefeito Kassab indica como conselheiro do Tribunal de Contas do Município o vereador Domingos Dissei ("Cassado em 2009, vereador Domingos Dissei (PSD) assume cargo no TCM", "Cotidiano", ontem). Será que o fundo do poço está longe?
Fábia Regina de Britto Wanderley (São Paulo, SP)

-

Ninguém serve a dois senhores, isso é bíblico. Mas, como a política é a arte de administrar o impossível e a política no Brasil é a mais pragmática do mundo, justifica-se a união de Lula e Maluf, que serve para ambos se perpetuarem no poder. Parabéns a Erundina, que teve o bom-senso de abandonar esse balaio de gatos.
Luiz Thadeu Nunes e Silva (São Luís, MA)

Rio+20
A Rio+20 é mais uma reunião "furada", em que se gastam milhões de dólares. Desde a Eco 92, o que mudou? A natureza é independente e parece já estar determinada a banir o homem. Espero que, daqui a 20 anos, não estejamos na Rio+40, discutindo o fim do planeta...
Reinaldo Francisco da Paixão (Goiás, GO)

Juros
Com relação ao juro de 1% referido na reportagem "Presidente do TRE-SP diz que é alvo de 'dois pesos'" ("Poder", 18/6), cumpre reiterar que o Tribunal de Justiça de São Paulo não faz pagamento efetivo do juro de 1%. Apenas está examinando o recálculo dessa verba, que terá reflexos escriturais, diante do significativo saldo trabalhista a favor dos magistrados.
Portanto, não haverá qualquer prejuízo ao erário, seja qual for o percentual. Além disso, a questão é discutível, uma vez que o art. 5º da lei 11.960/09 se refere a condenações (débitos judiciais), e não a créditos administrativos, como no caso, que reclamariam a incidência do Código Civil (Selic). De todo modo, a reportagem ainda está sendo analisada pelo Conselho Nacional de Justiça, que não decidiu, até aqui, se os juros serão de 0,5% ao mês ou de 1%. Por fim, a prática dos juros não foi instituída pela presidência atual, mas pelas anteriores.
Ivan Sartori, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (São Paulo, SP)

Europa
Vladimir Safatle ("Estabilidade no caos", "Opinião", 19/6) tentou culpar só os bancos e vender o socialismo como panaceia para os problemas da economia europeia. Os bancos têm sua culpa, mas governos e população, em geral, também têm.
José Eduardo Rubin (São Paulo, SP)

-

Brilhante a análise de Safatle sobre o "sequestro do significante Europa". Estendendo-a para a realidade brasileira, conjecturei: se as nossas próximas eleições fossem presidenciais e estivéssemos sujeitos a um jogo político-financeiro como o grego, quem seriam os nossos esquerdistas?
Simone Fernandes (São Paulo, SP)