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CPI com fartura
NO TRABALHO , no esporte,
na universidade. O noticiário sobre padrões curiosos ou suspeitos de distribuir
dinheiro público para organizações civis já abrange um leque
variado das atividades humanas.
Primeiro foi revelada a proliferação de convênios entre o Ministério do Trabalho e organizações ligadas ao PDT, com o objetivo de qualificar mão-de-obra. O
responsável, ministro Carlos Lupi, presidente do partido, acabou
prestigiado. Ganhou do presidente Lula a medalha de campeão do republicanismo na Esplanada.
De medalha, treinamento e
campeonato o Ministério dos
Esportes entende. De convênios
com instituições companheiras
também. Desde 2005 a pasta de
Orlando Silva Jr. destinou R$ 14
milhões a ONGs dirigidas por
correligionários do PC do B. O
ministério afirma que segue padrões impessoais na distribuição
dos recursos. Donde se conclui
que, pelo menos no esporte, os
comunistas são páreo duro.
Outro ramo competitivo em se
tratando de recursos repassados
para fundações é o universitário.
No ano passado a verba federal
para essas entidades de apoio ao
ensino superior mais que duplicou em relação a 2003. A Finatec, por exemplo, apoiou a UnB
na compra da mobília luxuosa
para a residência do reitor com
dinheiro que, segundo o Ministério Público, deveria ter seguido
para pesquisa.
A CPI das ONGs, vê-se por essa
pequena amostra, terá farto material a investigar.
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