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Estagnação competitiva
É VERDADE que a economia
brasileira avançou em vários aspectos nos últimos
anos -inflação, contas externas,
retomada do crescimento. Esse
movimento impulsionou uma
melhora na percepção do risco
de investir no Brasil.
Problemas crônicos, no entanto, continuaram responsáveis
pela má posição do país no Relatório Global de Competitividade,
elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Conforme a versão
recém-divulgada, se o Brasil
avançou, outras nações importantes o fizeram numa velocidade maior.
De 2006 a 2007, o Brasil caiu
da 66ª para a 72ª colocação no
ranking com 131 países. A lista foi
liderada pelos EUA, seguidos por
Suíça e Dinamarca. O Brasil ficou atrás de várias nações latino-americanas -Chile (26ª), México (52ª) e Colômbia (69ª)- e
emergentes -China (34ª), Índia
(48ª) e Turquia (53ª).
Embora o Brasil conte com
grande mercado interno e um
parque produtivo diversificado,
a competitividade continua travada por elevada carga tributária, juros altos, gasto público ineficiente, burocracia excessiva e
deficiências na infra-estrutura e
na educação. Os indicadores
apontam para uma ausência generalizada de confiança nas instituições públicas, seja pela corrupção, seja pela morosidade.
O quadro atual, de crescimento
econômico, é propício para reformas que melhorem o ambiente macroeconômico e o empresarial. Quando todos estão ganhando, fica mais fácil arbitrar
mudanças, por exemplo, no peso
e na distribuição dos impostos.
Infelizmente, estamos desperdiçando a oportunidade.
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