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REDE CONGESTIONADA
Computadores e a internet
vieram para facilitar a vida.
Nunca foi tão fácil e barato se comunicar. Pessoas separadas por distâncias continentais podem falar uma
com a outra on-line a custo de uma
ligação local. Clássicos da literatura
universal estão na rede à disposição
de quem quiser lê-los. É possível
acompanhar pelas publicações científicas as mais recentes novidades em
todas as áreas do conhecimento.
É claro que também há inconvenientes. Além dos vírus, vem ganhando força uma outra modalidade
de praga virtual, os spams, mensagens, em geral publicitárias, que chegam aos usuários sem que ninguém
as tenha pedido ou autorizado.
O spam lembra um pouco os impressos que vêm pelo correio tradicional, com a diferença de que, no
caso dos computadores, é o internauta que acaba pagando pelas mensagens indesejadas. Spams já respondem por 40% do tráfego de e-mails no Brasil. Provedores de acesso, para dar conta da demanda extra,
adquirem novos equipamentos e repassam os custos para seus assinantes. Não é só. No Brasil, 92% dos internautas se conectam por telefone.
Pagam pelos impulsos que gastam
para receber as mensagens. Num
cálculo conservador, spams geram
despesas de R$ 86 milhões por mês.
É um bom negócio para o "anunciante" que consegue levar a sua
mensagem para um bom número de
pessoas sem gastar muito. Mas empresas tradicionais não utilizam essa
forma de propaganda, pois ela causa
profunda irritação nos usuários. Os
campeões de spams acabam sendo
pequenas lojas de produtos de informática, redes de pornografia e prostituição, cassinos virtuais, fornecedores de medicamentos contra impotência e frigidez, além de vasta gama de picaretas.
Existem iniciativas legislativas para
tentar coibir os spams, mas dificilmente trarão os resultados desejados. Na verdade, não há muito o que
se possa fazer, além de boicotar os
produtos dos que praticam spams.
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