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EXCLUSÃO EDUCACIONAL
Apesar de alguns avanços registrados nos últimos anos,
ainda é enorme o desafio do país no
campo da educação. Há problemas
graves de exclusão em praticamente
todas as faixas etárias.
Para começar, apenas 9,4% das
crianças entre 0 e 3 anos frequentam
creches, segundo o estudo "Mapa da
Exclusão Educacional", do Ministério da Educação, feito com base em
dados do Censo 2000. Isso significa
que quase 91% das crianças do país
não têm acesso a creches, o que traz
implicações não apenas educacionais como também sociais.
A situação melhora um pouco para
a população entre 4 e 6 anos. Aproximadamente 39% desse universo não
é atendido pela pré-escola. A moderna pedagogia, porém, recomenda
que o processo de aprendizado se
inicie antes dos 6 anos. Depois disso,
a maior parte do desenvolvimento do
cérebro já está concluída. Para quase
40% da população nessa faixa etária,
portanto, o ensino, quando vier, chegará tarde. Essas crianças dificilmente terão um desempenho escolar
comparável ao das que começaram
os seus estudos mais cedo.
Entre os jovens de 7 a 14 anos, o
contingente de excluídos é de 5,5%.
A proporção ainda é alta quando se
considera que o governo anterior celebrou diversas vezes a "universalização" do ensino fundamental. Em termos absolutos, 1,4 milhão de crianças entre 7 e 14 anos -faixa etária em
que o ensino é obrigatório- estão
fora da escola.
É urgente não apenas resgatar os
excluídos como principalmente criar
as condições para oferecer escola para todos, da creche ao ensino médio.
O sonho de o Brasil entrar para o clube dos países desenvolvidos sempre
esbarra também no fraco desempenho da educação. Se esse problema
não for equacionado de forma consistente, dificilmente o país se livrará
do subdesenvolvimento.
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