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VANDALISMO NO PACAEMBU
Por muito pouco não termina
em tragédia o lamentável espetáculo promovido por torcedores do
Corinthians após a derrota do time
paulistano para o River Plate, da Argentina. Não se sabe exatamente o
que a turba pretendia ao tentar invadir o gramado do estádio do Pacaembu, mas é lícito supor que suas intenções não eram exatamente pacíficas.
Registrem-se a eficácia e a valentia
com que agiu a tropa de choque da
Polícia Militar, que, embora em número perigosamente menor, conseguiu repelir os invasores valendo-se
de violência mínima.
Essa não é a primeira vez que torcedores descontrolados colocam em
risco a vida de terceiros. Infelizmente, ocorrem episódios dessa natureza, envolvendo idólatras de praticamente todos os grandes clubes. Em
julho de 2005, a título de comemorar
a conquista da Taça Libertadores da
América, simpatizantes do São Paulo
depredaram lojas, ônibus e estações
de metrô na avenida Paulista. Apenas
três meses depois, enfrentamentos
entre torcidas organizadas deixaram, num fim de semana, um absurdo saldo de três mortos.
Freqüentar estádios deve ser uma
opção de lazer da qual toda a família
possa participar, não uma atividade
de risco. Assim, é fundamental que
autoridades promovam uma verdadeira caça aos torcedores violentos e
os mantenham afastados dos jogos.
Experiências internacionais como
a da Inglaterra, que praticamente
acabou com a barbárie provocada
pelos temíveis "hooligans", provam
que é possível fazê-lo. O caminho
que deu resultado passou por uma
parceria entre autoridades e clubes.
Os incentivadores da violência foram
identificados e, através de legislação
específica, impedidos de ir aos jogos.
A paz voltou aos estádios, que até puderam dispensar o alambrado que
separava o público do campo.
É preciso fazer o mesmo por aqui.
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