São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2004

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BRASIL PARA EXPORTAÇÃO

A meta de exportações para 2004, estabelecida em US$ 80 bilhões pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, pode parecer ambiciosa. Foi essa também a impressão de alguns quando, no início da nova gestão, se anunciou que o objetivo para 2003 seria US$ 70 bilhões em vendas para o exterior.
De fato, o Brasil havia terminado 2002 com exportações na casa dos US$ 60 bilhões. Um aumento de 16% -para atingir os US$ 70 bilhões prometidos- não parecia favas contadas, ainda que o câmbio se mostrasse favorável ao exportador. Fechadas as contas, a surpresa foi positiva. O Brasil, na verdade, aumentou suas vendas para o exterior em 21% de 2002 para 2003. A meta foi ultrapassada, com o número final ficando em torno de US$ 73 bilhões.
Trata-se, inegavelmente, de um bom resultado, mesmo considerando fatores conjunturais, como a retração interna e a elevação das cotações de uma série de commodities produzidas e vendidas pelo Brasil.
Os US$ 80 bilhões que o ministro Furlan pretende para este ano representam cerca de 10% a mais do que as exportações de 2003 -num cenário que tende a não contar com alguns dos estímulos presentes no ano passado. O real valorizou-se e há perspectiva de aquecimento da demanda doméstica, o que em tese pode afetar as exportações.
Há, no entanto, aspectos no cenário externo, como o crescimento dos EUA, que podem favorecer um novo bom desempenho. Se a eles se unir uma política agressiva de ampliação de mercados, são boas as chances de atingir a meta prevista.
Aumentar as exportações e obter elevados saldos comerciais são objetivos que devem ser perseguidos com determinação num país como o nosso, endividado e altamente dependente de capitais externos para fechar suas contas.


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