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BRASIL PARA EXPORTAÇÃO
A meta de exportações para
2004, estabelecida em US$ 80
bilhões pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, pode
parecer ambiciosa. Foi essa também
a impressão de alguns quando, no
início da nova gestão, se anunciou
que o objetivo para 2003 seria US$ 70
bilhões em vendas para o exterior.
De fato, o Brasil havia terminado
2002 com exportações na casa dos
US$ 60 bilhões. Um aumento de 16%
-para atingir os US$ 70 bilhões prometidos- não parecia favas contadas, ainda que o câmbio se mostrasse favorável ao exportador. Fechadas
as contas, a surpresa foi positiva. O
Brasil, na verdade, aumentou suas
vendas para o exterior em 21% de
2002 para 2003. A meta foi ultrapassada, com o número final ficando
em torno de US$ 73 bilhões.
Trata-se, inegavelmente, de um
bom resultado, mesmo considerando fatores conjunturais, como a retração interna e a elevação das cotações de uma série de commodities
produzidas e vendidas pelo Brasil.
Os US$ 80 bilhões que o ministro
Furlan pretende para este ano representam cerca de 10% a mais do que
as exportações de 2003 -num cenário que tende a não contar com alguns dos estímulos presentes no ano
passado. O real valorizou-se e há
perspectiva de aquecimento da demanda doméstica, o que em tese pode afetar as exportações.
Há, no entanto, aspectos no cenário externo, como o crescimento dos
EUA, que podem favorecer um novo
bom desempenho. Se a eles se unir
uma política agressiva de ampliação
de mercados, são boas as chances de
atingir a meta prevista.
Aumentar as exportações e obter
elevados saldos comerciais são objetivos que devem ser perseguidos com
determinação num país como o nosso, endividado e altamente dependente de capitais externos para fechar suas contas.
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