A AMPLIAÇÃO do número de pistas na marginal Tietê, que deve começar em menos de duas semanas, desafoga uma via vital para a economia da cidade e do próprio Estado de São Paulo. Em outra ponta, o governo lançou edital para a abertura de novas garagens para carros no metrô.
A um custo de R$ 1,3 bilhão, a obra da marginal deve melhorar em 35% a fluidez do trânsito na capital paulista, segundo o governo, que também prevê diminuição da poluição em decorrência do congestionamento menor.
São Paulo não pode abrir mão das benfeitorias viárias. Nesse sentido, o aumento de pistas de rolamento na marginal é um alento. É preciso, porém, não perder de vista o fato de que apenas com outras mudanças o ganho imediato da ampliação será mantido. A celeridade que o governo pretende impor à obra na marginal, que deverá estar pronta em pouco mais de um ano, poderia ser também aplicada a outros melhoramentos viários.
O trecho norte do Rodoanel, por exemplo, essencial para a melhoria do fluxo na via, tem previsão de término para 2014.
A própria dinâmica das cargas na cidade deve ser revista. Manter dentro da cidade um entreposto como a Ceagesp, que mobiliza cerca de 18 mil caminhões por dia, é danoso ao trânsito e desnecessário para o comércio. Existe também o projeto de um anel ferroviário, em parceria com a União, que serviria à redução do número de veículos pesados na cidade e nos arredores.
Ao mesmo tempo, a resolução de velhos impasses do transporte coletivo torna-se premente. Os ônibus municipais precisam oferecer qualidade para atrair e acomodar novos usuários. Governos e sociedade devem buscar mais constância na ampliação dos trilhos subterrâneos.
As novas garagens do metrô, destinadas a atrair usuários de automóveis, mostram que é possível aumentar a eficácia da malha existente, sem embargo da necessidade de expandi-la. Mas é preciso ainda ir muito além -e mais depressa.


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