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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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BOA NOTÍCIA DO IPCA

Contrariando as previsões do mercado, o resultado da inflação ao consumidor no mês de outubro ficou abaixo do esperado. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) medido pelo IBGE foi de 0,29%. As projeções giravam em torno de 0,5%. No acumulado do ano, a inflação chegou, até outubro, a 8,37%. A meta do governo para 2003 é de 8,5%. A estimativa do Banco Central é a de que o IPCA do ano fechará em 9,69%. Com isso, a inflação de 2003 deverá ficar dentro da margem de tolerância da meta, que é de dois pontos percentuais.
Segundo o levantamento do IBGE, os principais fatores que contribuíram para a redução em outubro foram a queda nos preços dos combustíveis e menor aumento nos alimentos -alguns itens chegaram a cair 11% em relação a setembro.
Considerando que o IPCA é o índice que norteia as metas do Banco Central, a boa notícia de outubro sugere que o BC, mesmo em sua política cautelosa, poderá seguir com a trajetória de queda da taxa de juros nos próximos meses. A expectativa de inflação acima de 0,5% fez com que muitos -inclusive esta Folha- estimassem que o BC encontraria no aumento dos preços razões para adotar um comportamento ainda mais cauteloso nos cortes da Selic.
Vão assim acumulando-se alguns sinais auspiciosos para a economia, depois de um período de enormes dificuldades para o setor produtivo. É preciso, no entanto, que as autoridades econômicas passem a se concentrar nas condições para que o crescimento possa efetivamente ocorrer de forma contínua e vigorosa, o que irá requerer novos investimentos. Nesse sentido, com as condições favoráveis que se apresentam, é de esperar que o BC promova novas reduções nos juros, ainda muito elevados.


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