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PAINEL DO LEITOR
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Troca de salários
"Concordo com a proposta do ministro Marco Aurélio Mello de que
os ministros do STF devem ter os
mesmos salários e benefícios dos
deputados federais.
Agora, para ficar mais justo ainda,
todos os ministros do STF deverão,
também, ser eleitos pelo voto popular e ter um mandato de quatro
anos. Será que ele topa?"
EDILMO OLIVEIRA LIMA
(São Bernardo do Campo, SP)
"Parodiando o antigo ditado "o
roto falando do rasgado", podemos
dizer agora: "o marajá falando do
nababo". Certo?"
WALDEMAR FERNANDES PINTO (São Paulo, SP)
"Se o deputado Júlio Delgado almeja o salário dos ministros do STF
("Painel", Brasil, pág. A4), que vá
prestar um vestibular para uma boa
faculdade de direito e depois preste
concurso público.
Só não irá correr o risco de enriquecer."
CLAUDIO OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Fórum Mundial
"Oded Grajew, no texto "Fórum
Social Mundial na África" ("Tendências/Debates, 6/2), justifica a importância da manutenção do evento e os motivos que levaram com
que o evento fosse realizado naquele continente. Os que ainda são capazes de se emocionar com o sofrimento alheio devem continuar
acreditando que um outro mundo é
possível."
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)
Ditadura
"A reportagem "Papéis da ditadura somem dos arquivos" (Brasil,
4/2) comprova o empenho dos culpados de práticas hediondas e de
seus cúmplices em eliminar os registros dos crimes cometidos.
Evidentemente havia um responsável pela guarda desse material. Caberia ao governo federal determinar inquéritos e punições.
Mas o presidente Lula já deu mostras de preferir que esse passado
seja esquecido em vez de esclarecido, tanto que não ordena a abertura
da caixa-preta da repressão.
O triste é que essa faina destrutiva impedirá que saibamos ao certo
como morreram alguns companheiros para poder, eventualmente, localizar seus restos mortais.
Quanto ao fato de que a ditadura
militar praticou torturas e cometeu
assassinatos em larga escala, é tão
inequívoco e unanimemente reconhecido pelos historiadores que
nenhuma destruição de provas fará
a mínima diferença."
CELSO LUNGARETTI, ex-preso político que restabeleceu a verdade num episódio de 34 anos atrás
graças a um relatório secreto militar que veio a
público (São Paulo, SP)
Kassab
"Primeiro, Kassab fez uma piada
de mau gosto à respeito de motéis
ao redor da cratera do metrô, desrespeitando a tragédia. Depois pediu desculpas.
Agora, lamentavelmente, usou,
como diz Clóvis Rossi, de "truculência inaceitável" contra um cidadão.
O prefeito sem voto errou."
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE (Mogi-Guaçu, SP)
"Lendo as frases finais da reportagem sobre o destempero do prefeito Gilberto Kassab publicada no
dia 6/2, concluí que poderiam ser
belas as palavras proferidas: "Fui
muito rigoroso. E deveria ter feito
[o que fiz]". Seriam belas se tivessem sido ditas ao final de uma reportagem com títulos como "Prefeito contribui para que as famílias das
vítimas do buraco do metrô sejam
indenizadas", ou "Kassab finalmente prende os chefes do crime organizado paulistano", ou "Kassab diz:
escola de lata, nunca mais!".
Porém, infelizmente, o prefeito
foi "rigoroso" e "fez o que deveria ter
feito" contra alguém que reclamava
um direito fundamental do cidadão: trabalho."
GISELLE CHRISTINA CORRÊA NIENKÖTTER
(Curitiba, PR)
"O que fez o senhor Kassab explodir raivosamente não foi o protesto
dentro de uma unidade de saúde,
mas, sim, a constatação de sua ineficiência para resolver os problemas
da cidade, que se manifestavam ali
diante de seus olhos."
ALISON SALES BEZERRA (São Paulo, SP)
Que moral?
"Hugo Chávez não é um santo,
tampouco um modelo de governante, mas que moral tem um ex-membro da ditadura no Brasil como Delfim Netto, que dela fez parte como
todo-poderoso da economia, para
fazer críticas a governos democráticos -ainda que estes cometam erros e acenem com intenções de poder eterno?"
ANTÔNIO LINUS RECH (São Paulo, SP)
PAC
"O artigo de Contardo Calligaris
na Ilustrada de 1º/7 ("Devaneios e
mágicas') é simplesmente estupendo, pois vai ao centro da questão,
colocando o dedo na ferida.
O PAC, como outros planos apresentados pelos vários governos, está destinado ao insucesso, pois ninguém tem coragem de propor mudanças radicais na gestão do dinheiro público para resolver o problema crônico da injustiça social.
Fica-se apenas no plano da retórica, do discurso bonito para enganar gente desinformada, empurrando as reformas de base sempre
para o governo seguinte. O contribuinte brasileiro paga um custo
muito caro para sustentar a preguiça administrativa, a corrupção generalizada, a inércia burocrática, a
incompetência técnica, o inchaço
estatal, o desperdiço do dinheiro
publico.
Enquanto a máquina do Estado
não for dirigida por gente honesta e
eficiente, imbuída de espírito patriótico, qualquer PAC irá se converter num "Programa de Aumento
da Corrupção'!"
SALVATORE D'ONOFRIO, professor titular aposentado da Unesp (São José do Rio Preto, SP)
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