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COMÉRCIO E INTEGRAÇÃO
O saldo comercial brasileiro
bate recordes e evidencia que
os exportadores não apenas aproveitaram a recuperação dos preços das
commodities e de mercados tradicionais, como EUA e Argentina, mas
também obtiveram ganhos de competitividade. Eles podem ser atribuídos a fatores como o aumento no valor agregado dos produtos, a conquista de novos compradores e o melhoramento genético de sementes
promovido pela Embrapa.
Por outro lado, analistas estimam
para o próximo ano um aumento das
importações em torno de 13%
(acompanhado de uma elevação de
5% nas exportações) caso a economia cresça 3,5%, como muitos prevêem. Essas projeções sinalizam a
necessidade de novos avanços na
área externa, para os quais podem
contribuir as políticas industriais
que o governo começa a discutir e
novos estímulos ao comércio.
Nesse sentido, foram anunciadas
mudanças no mecanismo de Convênio de Crédito Recíproco (CCR), no
Programa de Financiamento a Exportação (Proex), nas regras de seguro de crédito da Seguradora Brasileira de Crédito a Exportação (SBCE),
além da criação do Programa de Incentivo à Produção Exportável de Pequenas e Médias Empresas (Propex).
A revitalização do CCR (que funciona como uma espécie de câmara de
compensação das operações de comércio exterior entre países integrantes latino-americanos) pode facilitar, como seria desejável, a expansão do comércio regional e a participação brasileira nos projetos de instituições como a Iniciativa para a Integração da Infra-estrutura Sul-Americana, com financiamento do Banco
Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e da Corporação Andina de Fomento (CAF).
São, portanto, decisões que vão na
direção correta de aumentar a competitividade e promover a presença
de empresas brasileiras nas licitações para fornecimento de equipamentos e serviços de infra-estrutura
na América do Sul, reforçando, como pretende o governo, a presença
do país na região.
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