São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

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Dinamismo agrícola

EM 2006, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 49,4 bilhões e as importações, US$ 6,7 bilhões. Com isso, o saldo da agroindústria alcançou US$ 42,7 bilhões -admiráveis 93% do superávit geral de US$ 46 bilhões.
A despeito de vários percalços -valorização do real, queda nos preços da soja, problemas sanitários e climáticos na Região Sul-, as exportações aumentaram 13,4%. Desde 2001 esse desempenho sustenta taxas de crescimento de dois dígitos (exceto 2002, com 4,1%). No período, as exportações do agronegócio progrediram 140%, partindo de US$ 20,6 bilhões em 2000.
Tal resultado reflete a melhora na competitividade da agricultura e da pecuária brasileiras, que se provaram capazes de enfrentar embargos e barreiras comerciais e alcançar novos mercados. Esse dinamismo está associado com a ampla disponibilidade de terras férteis, os melhoramentos genéticos promovidos pela Embrapa e a modernização de equipamentos (programa Moderfrota, financiado pelo BNDES).
As exportações do agronegócio brasileiro já se aproximam das norte-americanas, de US$ 62 bilhões (os EUA, porém, têm saldo de apenas US$ 3 bilhões). Segundo estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2006/2007 deverá ficar entre 120 milhões e 121 milhões de toneladas, projetando novo aumento das exportações, entre 10% e 15%.
É crucial persistir no apoio a esse setor chave para consolidar a confiança externa na economia brasileira, mediante oferta de crédito em condições favoráveis, ampliação do seguro agrícola e fomento à tecnologia. A ampliação do superávit comercial do agronegócio, contudo, exigirá aperfeiçoamentos urgentes na infra-estrutura de estradas, portos e armazéns.


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