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Dinamismo agrícola
EM 2006, as exportações do
agronegócio brasileiro atingiram US$ 49,4 bilhões e as
importações, US$ 6,7 bilhões.
Com isso, o saldo da agroindústria alcançou US$ 42,7 bilhões
-admiráveis 93% do superávit
geral de US$ 46 bilhões.
A despeito de vários percalços
-valorização do real, queda nos
preços da soja, problemas sanitários e climáticos na Região Sul-,
as exportações aumentaram
13,4%. Desde 2001 esse desempenho sustenta taxas de crescimento de dois dígitos (exceto
2002, com 4,1%). No período, as
exportações do agronegócio progrediram 140%, partindo de US$
20,6 bilhões em 2000.
Tal resultado reflete a melhora
na competitividade da agricultura e da pecuária brasileiras, que
se provaram capazes de enfrentar embargos e barreiras comerciais e alcançar novos mercados.
Esse dinamismo está associado
com a ampla disponibilidade de
terras férteis, os melhoramentos
genéticos promovidos pela Embrapa e a modernização de equipamentos (programa Moderfrota, financiado pelo BNDES).
As exportações do agronegócio
brasileiro já se aproximam das
norte-americanas, de US$ 62 bilhões (os EUA, porém, têm saldo
de apenas US$ 3 bilhões). Segundo estimativa da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra 2006/2007 deverá ficar entre 120 milhões e 121 milhões de toneladas, projetando
novo aumento das exportações,
entre 10% e 15%.
É crucial persistir no apoio a
esse setor chave para consolidar
a confiança externa na economia
brasileira, mediante oferta de
crédito em condições favoráveis,
ampliação do seguro agrícola e
fomento à tecnologia. A ampliação do superávit comercial do
agronegócio, contudo, exigirá
aperfeiçoamentos urgentes na
infra-estrutura de estradas, portos e armazéns.
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