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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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Tem início o século das Américas

ROGER F. NORIEGA


Como parte da Cúpula das Américas, os líderes do hemisfério se comprometeram a criar a Alca até 2005

Há muito tempo o presidente Bush reconhece que as Américas constituem uma região singular -região onde todos os países, exceto um, são democracias; onde há um compromisso comum com a construção de mercados abertos; onde os governos têm interesse genuíno em trabalhar juntos para a melhoria da vida de nossos cidadãos.
Em nenhuma outra região os líderes estão comprometidos com uma agenda -de saúde a direitos humanos, de desenvolvimento a democracia, de educação a meio ambiente- tão ampla quanto a incorporada pela Cúpula das Américas. Em abril de 2001, quando o presidente Bush participou da cúpula, em Québec, com os outros 33 líderes democráticos da região, ele estava demonstrando o compromisso dos Estados Unidos de tornar realidade a agenda comum do hemisfério. Dois anos depois, obtivemos sólidos avanços na implementação da agenda.
Por exemplo, após a Cúpula das Américas os países do hemisfério aprovaram a Carta Democrática Interamericana, que torna a defesa da democracia uma responsabilidade conjunta. Desde então, os Estados Unidos forneceram mais de US$ 100 milhões em assistência para missões de observação de eleições e programas destinados a fortalecer os sistemas democráticos. Também nos unimos a outros 27 países da região para assinar a Convenção Interamericana contra a Corrupção, com o objetivo de reduzir seus efeitos corrosivos em nossas sociedades, e fornecemos mais de US$ 34 milhões no ano passado para reforçar os sistemas judiciários e combater a corrupção na região.
Como parte da Cúpula das Américas, os líderes do hemisfério se comprometeram a criar a Área de Livre Comércio das Américas, a Alca, até 2005. Os Estados Unidos forneceram quantia superior a US$ 90 milhões em assistência, no ano passado, a fim de ajudar nossos parceiros da Alca a se capacitarem para usufruir plenamente dos benefícios do livre comércio. E a Alca é apenas parte de um esforço maior entre nossos países para melhorar a infra-estrutura, aumentar a conectividade, facilitar o fluxo de recursos e expandir as oportunidades para todos os nossos cidadãos.
Em cumprimento aos mandatos educacionais da cúpula, os Estados Unidos lançaram um conjunto de programas para capacitar professores, aumentar o acesso de crianças carentes à educação, mostrar como as empresas podem fazer melhor uso da tecnologia e aperfeiçoar a formação cívica. Em 2002, a ajuda do nosso país para programas educacionais da região foi superior a US$ 110 milhões.
Esses poucos exemplos demonstram o modo como o presidente Bush aborda as relações com nosso hemisfério. Sim, enfrentamos alguns problemas assustadores. Mas, todos os dias, milhões de pessoas neste hemisfério estão construindo um bem maior. Uma proprietária de uma pequena empresa começa a exportar seus produtos. Um estudante de intercâmbio volta para casa com novas perspectivas. Um médico recebe orientação de colegas de outros países pela internet. A melhor forma de lidar com os problemas que enfrentamos é propiciar mais oportunidades aos nossos cidadãos.
Em Québec, o presidente Bush convidou o hemisfério a ser nosso parceiro na promoção de nossos objetivos comuns. "Juntos", disse ele, "vamos usar esta Cúpula das Américas para lançar o século das Américas". Foi um chamamento à ação, não durante meses ou anos, mas ao longo de décadas, para construir a região mais próspera e mais livre do mundo. Foi exatamente isso que começamos a fazer a partir de 2001. Juntos, lançamos o século das Américas.


Roger F. Noriega, embaixador, é o representante permanente dos Estados Unidos na OEA (Organização dos Estados Americanos) e o coordenador nacional da Cúpula das Américas.


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