São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2006

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A mais recente pesquisa do jornal "The New York Times" e da TV CBS tece uma imagem abrangente do desgaste da popularidade do presidente dos Estados Unidos. A sondagem capta a decepção dos americanos com o desempenho de George W. Bush em múltiplos aspectos de seu segundo mandato.
A deterioração da imagem do governo está diretamente ligada a temas da agenda do país. O apoio popular à intervenção militar no Iraque recuou seis pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em janeiro. Apenas 13% dos americanos aprovam a política de preços para a gasolina. Um quarto deles avaliza tratamento dado à imigração ilegal.
Além disso, embora a economia americana continue a apresentar forte ritmo de crescimento, questionados se concordavam com a política econômica, 66% dos entrevistados responderam negativamente e 70% afirmaram que o país vem sendo conduzido na direção errada. São os índices mais baixos já atingidos pelo presidente Bush em praticamente todos esses quesitos.
Tal movimento de declínio não é novo. O que torna os números especialmente preocupantes para os correligionários do presidente republicano é a proximidade dos pleitos que renovarão parte do Congresso dos EUA, marcados para novembro.
Não se deve esperar que os resultados eleitorais reproduzam muito literalmente os números do levantamento. Sendo baseadas no voto distrital, as eleições americanas sempre refletem com muita força questões locais. Ainda assim, a administração Bush já se tornou a mais impopular dos últimos 30 anos e esse fato deve ter algum peso nas eleições legislativas. Se vai bastar para mudar a correlação de forças no Congresso e, com isso, precipitar a entrada de George W. Bush no figurino de "pato manco", apenas o tempo dirá.


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