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PROJEÇÃO MUNDIAL
As baixas taxas de juros nas
principais áreas monetárias
(dólar, iene e euro), juntamente com
as intervenções cambiais dos bancos
centrais asiáticos, criam estímulos
econômicos extraordinários, gerando uma "recuperação forte e sustentada da economia mundial". A avaliação é da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que projeta uma taxa
de crescimento média de 3,4% em
2004 para os 30 países mais industrializados do mundo -a maior nos
últimos quatro anos. A expansão
econômica seria acompanhada por
uma taxa de inflação média de 1,7%,
a mesma nos EUA e na área do euro.
O Japão continuaria em deflação.
A previsão é de uma retomada global bastante assimétrica. Por um lado, as economias americana, japonesa e inglesa (e a chinesa, que não
faz parte da organização) devem
apresentar forte dinamismo econômico. Por outro lado, as perspectivas
de crescimento da área do euro foram reduzidas de 1,8% para 1,6% e
poderão revelar-se ainda piores.
Para a OCDE, a aceleração da economia americana exigirá uma subida
na taxa de juro de curto prazo pelo
Federal Reserve (banco central dos
EUA) em pelo menos dois pontos
percentuais. Ao contrário, o baixo dinamismo da área do euro, "onde a
demanda doméstica e os gastos das
famílias permanecem fracos", sempre segundo a OCDE, requer uma redução adicional na taxa de juro básica em torno de 0,5 ponto percentual.
O movimento de alta nas taxas de
juros nos países mais dinâmicos, já
iniciado pelo Banco da Inglaterra,
poderá afetar negativamente os investimentos em todo o mundo e reduzir o fluxo de capitais para os países emergentes. O preço do petróleo
e o comportamento das commodities também poderiam ameaçar a recuperação da economia mundial.
Quanto ao Brasil, a OCDE projeta
um cenário relativamente bom. O
crescimento atingiria 3,3% em 2004
e 3,5% em 2005. Resta saber se a realidade irá cooperar com as projeções.
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