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O FIM DA PÓLIO
Merece todo apoio a iniciativa lançada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) para erradicar a poliomielite do planeta antes
do final do ano. De acordo com epidemiologistas da instituição, o mundo tem diante de si a melhor oportunidade para conseguir acabar com a
doença. Se não o fizer agora, poderá
voltar a ter problemas com a pólio.
O plano prevê múltiplas campanhas de vacinação ao longo dos próximos meses nos seis países onde a
doença ainda é endêmica (Afeganistão, Índia, Egito, Níger, Nigéria e Paquistão). Mais de 250 milhões de
crianças precisam ser vacinadas.
A OMS lançou em 1988 sua campanha para a erradicação da pólio. Foram investidos US$ 3 bilhões em
campanhas em todo o mundo. A
meta era acabar com a doença em
2000, o que não ocorreu. De todo
modo, em 88, ela atingia 125 países.
Houve 350 mil casos da moléstia naquele ano. Em 2003, registraram-se
cerca de 700 casos em pouco mais de
dez países. Mais importante, mesmo
nas nações em que a pólio é endêmica, o vírus parece estar restrito a alguns bolsões localizados.
Se essa oportunidade não for aproveitada, poderá haver retrocessos
globais. É o que mostra o caso da Nigéria, onde rumores infundados
contra a vacina circularam no norte
do país. Afirmava-se que ela causaria
infertilidade. Com isso, muitos pais
deixaram de vacinar seus filhos e a
doença atingiu países de onde já havia sido eliminada. São eles: Camarões, Tchad, Benin, Burkina Faso,
Gana e Togo.
Seria de fato lamentável se, tão perto do objetivo de acabar com uma
moléstia que já causou tanto mal à
humanidade, tivéssemos de amargar
um recuo. É preciso aproveitar o fato
de que o vírus está cercado para aniquilá-lo de uma vez por todas.
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