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Editoriais
Fracassos no ensino
TUCANOS administram o Estado de São Paulo desde o já
longínquo ano de 1995.
Nesses 14 anos, colecionaram,
como é natural, sucessos e reveses. Uma área vital, entretanto,
registra quantidade desproporcional de malogros: a educação.
A gestão do PSDB deu passos
decisivos na universalização do
ensino, no Estado e no país, e na
introdução dos sistemas de avaliação. Mas também pode ser
apontada como responsável por
desastres, como a implantação
atabalhoada do sistema de ciclos
-que ganhou o apelido de "fim
da repetência"- e os péssimos
resultados colhidos pelos alunos
nos testes de desempenho.
Dados oficiais de 2007 mostram que 71% dos alunos que
concluem o ensino médio têm
dificuldades até para lidar com
conceitos elementares, como
subtração e porcentagem.
Verifica-se agora que até as recentes tentativas de corrigir os
erros ficam aquém do esperado.
Como mostrou ontem reportagem desta Folha, o governo não
conseguiu cumprir nenhuma
das quatro metas a que se propôs
para o período de 2004 a 2007.
Em 3 dos 4 indicadores, a situação chegou a deteriorar-se.
Foi o caso da reprovação no ensino médio: a meta era diminuir
de 9,3% para 7% a proporção de
alunos que repetem de ano. A taxa, porém, subiu para 17,6%.
Tendências na educação,
quanto mais numa rede pública
com a escala da estadual paulista, não se modificam da noite para o dia. Quando uma avaliação
qualquer traz resultados muito
positivos, convém desconfiar do
termômetro.
Ainda assim, é preocupante
quando um partido que está há
14 anos no comando do Estado
mais rico e industrializado da
União fracassa em todos os objetivos que se auto-atribuiu.
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