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CHANCE GLOBAL
Após dois anos de crescimento
muito lento, a economia mundial registrou uma expansão de 2,6%
em 2003, ritmo que deverá se acelerar
para 3,8% este ano, segundo a Unctad, instituição da ONU dedicada ao
comércio e desenvolvimento. A recuperação mundial tem sido liderada
pelo dinamismo da economia americana e dos países asiáticos. A China e
a Índia, por exemplo, cresceram
9,1% e 7,4% em 2003, respectivamente, com consideráveis efeitos sobre países vizinhos e exportadores de
alimentos, como o Brasil. A Unctad
estima que a taxa de expansão dos
países emergentes inclusive o Brasil
deverá alcançar 5,8% em 2004.
O comércio mundial também tem
registrado forte expansão. Em 2002 e
2003, economias em desenvolvimento responderam por 75% do incremento no volume das exportações e
por 60% das importações. Esse processo está associado às realocações
da indústria manufatureira global,
que passam a exigir um volume considerável de importações de peças,
componentes e produtos básicos.
Em 2003, o crescimento econômico e do comércio mundial permitiu
um superávit em conta corrente de
US$ 199,5 bilhões e um acúmulo de
reservas de US$ 320,9 bilhões dos
países em desenvolvimento, o que
parece afastar do horizonte de curto
prazo crises como as ocorridas na segunda metade dos anos 90.
As oscilações do petróleo e a instabilidade política no Oriente Médio
persistem como os principais riscos.
A alta do petróleo multiplica as receitas dos exportadores, mas simultaneamente pode comprometer o desempenho dos importadores.
O dinamismo internacional abre
boas perspectivas para o Brasil, mas
é preciso que a economia do país
consiga se livrar dos limites que a
constrangem para que a onda externa não seja desperdiçada ou aproveitada de maneira apenas medíocre.
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