São Paulo, domingo, 18 de novembro de 2007

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Aquecimento e expectativa

OS MAIS RECENTES dados acerca da evolução da atividade econômica no Brasil são bastante positivos, revelando vendas e emprego em alta.
O comércio varejista, segundo o IBGE, cresceu 1,4% de agosto para setembro. Os setores que há tempos vêm liderando as vendas (móveis, eletrodomésticos e equipamentos de informática e comunicação) desaceleraram um pouco. Mas houve forte reação das vendas dos supermercados, que nos meses anteriores, prejudicadas pelo encarecimento dos alimentos, vinham se revelando pouco dinâmicas.
Também de agosto para setembro, e novamente de acordo com levantamento do IBGE, a indústria ampliou o seu nível de emprego em 1%. Foi a maior alta mensal desde maio de 2004.
Por fim, o cadastro do Ministério do Trabalho constatou que em outubro o contingente de trabalhadores empregados com registro em carteira aumentou em 205 mil. Isso elevou a 1,8 milhão o crescimento desse contingente desde o início de 2007, o número mais alto para o período janeiro-outubro desde que o levantamento teve início, em 1992.
Há quem leia esses dados com preocupação, antevendo que o aquecimento das vendas e do emprego fatalmente se traduzirá em inflação. Cabe assinalar, no entanto, que até o momento -sob o impacto dos processos de aceleração das importações, queda adicional da cotação do dólar e expansão significativa dos investimentos- não é essa a avaliação que prepondera entre as dezenas de instituições que informam as suas projeções de alta de preços ao Banco Central.


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