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Aquecimento e expectativa
OS MAIS RECENTES dados
acerca da evolução da atividade econômica no Brasil são bastante positivos, revelando vendas e emprego em alta.
O comércio varejista, segundo
o IBGE, cresceu 1,4% de agosto
para setembro. Os setores que há
tempos vêm liderando as vendas
(móveis, eletrodomésticos e
equipamentos de informática e
comunicação) desaceleraram
um pouco. Mas houve forte reação das vendas dos supermercados, que nos meses anteriores,
prejudicadas pelo encarecimento dos alimentos, vinham se revelando pouco dinâmicas.
Também de agosto para setembro, e novamente de acordo
com levantamento do IBGE, a
indústria ampliou o seu nível de
emprego em 1%. Foi a maior alta
mensal desde maio de 2004.
Por fim, o cadastro do Ministério do Trabalho constatou que
em outubro o contingente de trabalhadores empregados com registro em carteira aumentou em
205 mil. Isso elevou a 1,8 milhão
o crescimento desse contingente
desde o início de 2007, o número
mais alto para o período janeiro-outubro desde que o levantamento teve início, em 1992.
Há quem leia esses dados com
preocupação, antevendo que o
aquecimento das vendas e do
emprego fatalmente se traduzirá
em inflação. Cabe assinalar, no
entanto, que até o momento
-sob o impacto dos processos de
aceleração das importações,
queda adicional da cotação do
dólar e expansão significativa
dos investimentos- não é essa a
avaliação que prepondera entre
as dezenas de instituições que
informam as suas projeções de
alta de preços ao Banco Central.
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