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Dengue no Rio
HÁ INDÍCIOS de falha no
controle da dengue no
Rio de Janeiro. Enquanto
no país os casos da moléstia caíram 39,7% (tomadas as primeiras cinco semanas do ano contra
igual período de 2007), o Estado
do Rio experimentou elevação
de 117,4%. A capital fluminense
concentrava 67% do total das notificações da unidade federativa.
O período de chuvas e calor favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, e uma miríade de empecilhos
técnicos e legais dificulta o trabalho dos chamados mata-mosquitos. Condições parecidas,
contudo, valem para quase todo
o Brasil, onde, não obstante, a incidência da moléstia baixou.
Acompanha o Rio na tendência
de alta apenas a região Norte.
Computados também os números de fevereiro e das primeiras semanas de março (até o dia
17), o município do Rio de Janeiro já acumula neste ano 19.169
casos -taxa de 327,2 por cem
mil habitantes. A cidade já registrou 28 óbitos em virtude da variante hemorrágica, mais do que
o total do ano passado (26).
Preocupada, a população já lota postos de saúde e hospitais em
busca de atendimento. Faltam
médicos e leitos para internar os
doentes mais graves. O secretário estadual da Saúde chegou a
solicitar às Forças Armadas que
cedessem vagas em seus hospitais, mas representantes do
Exército, da Marinha e da Força
Aérea disseram que suas unidades já estão totalmente ocupadas por militares e seus dependentes com sintomas da doença.
A situação do Rio exige mobilização das autoridades, inclusive
as federais, para a tarefa de debelar os focos do Aedes. Enquanto
não surge uma vacina, a ação
preventiva, que inclui campanhas educativas para que a população elimine locais propícios
à reprodução do mosquito em
suas residências, é o melhor modo de enfrentar esse problema.
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