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MORTES NO TRÂNSITO
Qual é a principal causa de
mortes violentas no mundo?
Elas vão de guerras a homicídios,
passando por desastres automobilísticos e suicídios. Acertou quem
apontou acidentes de trânsito. Em
2000, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), eles custaram a
vida a 1,2 milhão de terráqueos. Depois, pela ordem, vêm: suicídios (815
mil), homicídios (520 mil), afogamentos (450 mil), envenenamentos
(315 mil), guerras e conflitos em geral (310 mil), quedas (283 mil) e queimaduras (238 mil).
Assim, é mais do que justificável a
decisão da Organização das Nações
Unidas e da OMS de lançar uma
campanha global pela segurança no
trânsito. Para além do 1,2 milhão de
mortes, acidentes produzem uma legião de 50 milhões de feridos, muitos dos quais carregarão seqüelas pelo resto de suas vidas.
O problema é especialmente grave
para países pobres ou medianamente desenvolvidos como o Brasil, nos
quais concentram-se 85% das mortes automobilísticas. O pior é que,
pelas projeções, a situação nas nações não-desenvolvidas ainda se
agravará bastante antes de melhorar.
Daqui até 2020, ao que se prevê, acidentes de trânsito saltarão da nona
posição como causa de moléstias e
de traumas para a terceira, perdendo
apenas para as cardiopatias coronarianas e a depressão.
O impacto econômico dos desastres também é significativo. Estima-se que o custo dos acidentes varie de
1% do PIB em países pobres a 2% nas
nações desenvolvidas. Em termos
globais, são US$ 518 bilhões anuais.
A boa notícia é que está em nossas
mãos impedir o agravamento do
quadro. Acidentes são em algum
grau evitáveis. As medidas mais efetivas são bem conhecidas dos especialistas: promover leis e mecanismos
que limitem a velocidade dos veículos e o consumo de álcool por motoristas, fazer com que o cinto de segurança seja utilizado por todos os passageiros e melhorar a segurança das
ruas, estradas e dos próprios carros.
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