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ALERTA CONTRA A DENGUE
A cidade de São Paulo corre risco de sofrer um aumento expressivo nos casos de dengue na estação quente e chuvosa que se aproxima. Se o trabalho de prevenção não
for intensificado e se não houver
uma participação maior da população no sentido de erradicar possíveis
fontes caseiras de proliferação do
mosquito transmissor da doença, a
maior cidade brasileira pode ganhar
mais um grande problema.
No ano passado, foram notificados
631 casos da doença em São Paulo.
Até agosto deste ano, foram 2.119. O
fator que mais pesou nesse crescimento foram pessoas que contraíram o vírus da dengue fora do município. No início deste ano, o Estado
do Rio de Janeiro, entre outras regiões brasileiras que viviam o problema, enfrentava uma das maiores epidemias da sua história. Daí a principal explicação para o fato de os casos
de dengue "importados" terem crescido vertiginosamente em São Paulo.
Mas o que começa a preocupar os
epidemiologistas é o crescimento
dos casos da doença em que o vírus
foi contraído no próprio município
de São Paulo -conhecidos, no jargão, como autóctones. No ano passado, eles somaram 308. Até agosto
de deste ano, já perfazem 429.
O avanço da dengue autóctone indica que se formou um circuito de reprodução da doença no município:
pessoas doentes que são picadas pelo mosquito Aedes aegypti, que encontra condições propícias para reproduzir-se e que, ao picar pessoas sadias, transmite o vírus. A maneira
mais eficiente de interromper esse ciclo é combater o mosquito através da
pulverização e da eliminação de locais que acumulem água parada, onde as larvas do inseto proliferam.
Nesse esforço, cabe um papel importante à prefeitura, intensificando
a pulverização, a limpeza urbana, a
visita a domicílios e as campanhas de
informação. Também é preciso que
a população se conscientize de que a
sua ajuda no controle doméstico dos
focos de possível proliferação do
mosquito é fundamental.
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