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BATALHAS MUNICIPAIS
A aprovação , em primeiro
turno, da proposta que implanta o IPTU progressivo na cidade de
São Paulo foi um passo importante
para a adoção de um sistema tributário municipal socialmente mais
equânime. Mas permanecem no
projeto do Executivo elementos que
podem causar distorções tanto com
a sobrecarga ao setor não residencial
(que gera empregos) quanto na própria intenção do sistema de ser mais
justo que seu antecessor.
Impostos progressivos sobre imóveis são os que gravam com alíquotas maiores à medida que se caminha
dos prédios menos valorizados para
os mais caros. Grande parte do problema consiste em que a base que o
poder público utiliza para calcular o
valor de um imóvel não se aproxima
de seu valor de mercado. Ou seja, o
sistema não consegue traduzir para a
tributação com fidelidade o quanto
vale um determinado imóvel.
É preciso corrigir essa distorção.
Mas qualquer meio para melhorar a
forma de cálculo da Planta Genérica
de Valores demandaria grande esforço administrativo e parlamentar. Parece, pois, inviável que um regime
mais realista de cálculo do valor venal dos imóveis entre em vigência já
no próximo ano.
A curto prazo, a administração municipal poderia, por exemplo, acatar
uma das propostas da oposição que
prevê o rebaixamento, já para o próximo exercício, do limite de isenção
do IPTU para imóveis residenciais.
Uma modificação que ampliasse a
base de contribuintes -mesmo com
a instituição de mais uma alíquota
abaixo da de 0,8%- teria o duplo
efeito de retirar da isenção do imposto uma considerável fatia da classe
média e de permitir um alívio de carga para imóveis não residenciais.
A vitória apertada da prefeitura na
primeira votação, por apenas um voto acima do mínimo exigido, indica
que a tese da progressividade tem
chances de ser aceita. Mas evidencia,
também, que ajustes na proposta no
sentido de diminuir suas distorções
são altamente recomendáveis.
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