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ELIANE CANTANHÊDE
Perguntar não ofende
BRASÍLIA - O Brasil entrou em
2008 com poucas certezas e um
mar de dúvidas sobre o cenário internacional, a economia interna, a
febre amarela, o racionamento de
energia e o tão propalado corte de
gastos, entre outros. Em resumo:
1) A maior potência planetária vai
ou não entrar em recessão, enquanto Democratas e Republicanos prometem aumento de gastos e corte
de impostos nas suas campanhas à
Presidência?
2) A ortodoxia de Pedro Malan,
Antônio Palocci e agora Guido
Mantega será ou não suficiente para agüentar o tranco? Ou seja: quais
os possíveis efeitos no Brasil de
uma recessão nos EUA?
3) O investidor em Bolsa vai se esborrachar ou apenas ganhar menos
do que na farra de 2007?
4) O tal "nível mínimo" de segurança das hidrelétricas do Sudeste e
do Centro-Oeste segura a onda ou
vem apagão por aí?
5) Vai dar tempo de o ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão, ler
e aprender tudo direitinho até lá?
Ou vai ser só um pau-mandado da
ministra Dilma?
6) As pessoas devem ou não se vacinar contra a febre amarela, que já
fez pelo menos 11 vítimas, com sete
mortes, em menos de um mês?
7) Ou é melhor se trancarem em
casa nas férias de janeiro e fevereiro, no Carnaval e na Semana Santa,
para fugir do risco? E por que a turma do Planalto se vacinou?
8) E o corte de gastos com o fim
da CPMF, era história do bicho-papão? Vai ficar no aumento do IOF e
da CSLL e não se fala mais nisso ?
9) Aliás, por que tanto auê com o
fim desse imposto se a arrecadação
aumentou, sem contar a CPMF,
mais de R$ 24 bi em 2007?
10) E por que estimular a garotada a gastar seu suado dinheirinho
em faculdades de direito se 6.323
vagas eram vagabundas e foram para o lixo? Não é melhor investir em
bons cursos profissionalizantes?
As respostas? Não se anime. Nem
quando o Carnaval chegar...
elianec@uol.com.br
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