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Segurança no asfalto
A CÂMARA dos Deputados
aprovou anteontem o projeto que inclui o airbag
frontal para motorista e passageiro na lista de itens obrigatórios de carros. Para ser efetivado,
depende agora da sanção presidencial e da regulamentação do
Conselho Nacional de Trânsito.
A adoção está prevista para
ocorrer de modo escalonado. Até
2014 todos os veículos deverão
sair de fábrica com o dispositivo.
Hoje ele equipa entre 15% e 25%
dos automóveis brasileiros, segundo estimativas -uma proporção ainda pequena.
Mesmo de forma lenta, o Brasil
passa, assim, a adotar normas de
segurança que já estão cristalizadas nos países desenvolvidos. O
airbag duplo e o freio ABS, que
evita derrapagens, são obrigatórios desde 1998 na Comunidade
Europeia. Nos EUA, lei análoga
entrou em vigor em 1995.
Nesse sentido, caberia desde já
planejar a introdução e outros
dispositivos do gênero nos carros brasileiros -além do ABS, o
chamado ESP (controle de estabilidade). Até hoje, o principal
argumento contra a obrigatoriedade desses itens é o custo. A introdução compulsória, no entanto, favorece o barateamento, pois
há ganho de escala na produção.
Os custos associados a acidentes
também cairiam.
As autoridades deveriam debruçar-se, igualmente, sobre outros gêneros de ações que previnem acidentes -como o fim da
tolerância com carros, ônibus,
motos e caminhões clandestinos. Além da falta de documentos e das pendências com o fisco,
essa frota apresenta condições
precárias de manutenção.
Apenas na cidade de São Paulo,
estima-se que veículos clandestinos representem 30% da frota.
Governantes se furtam a enfrentar o problema porque temem a
impopularidade da repressão.
Mais graves, porém, são os efeitos da leniência na segurança do
tráfego e na saúde pública.
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