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FERNANDO RODRIGUES
Presidenciáveis tucanos
BRASÍLIA - Ainda faltam os 44 segundos turnos, mas, dentro das cúpulas partidárias, só se fala em quem
disputará o que nas eleições de 2006
-para presidente da República, governadores estaduais e senadores
(uma vaga por Estado).
No PT é Lula. No PFL só há um nome nacional, o de Cesar Maia. No
PMDB, o nada de sempre.
No PSDB, a situação é mais complexa. Há pelo menos quatro nomes
na mesa: FHC, Geraldo Alckmin, Aécio Neves e Tasso Jereissati. O quinto
seria José Serra. Ocorre que ele é hoje
favorito na disputa pela Prefeitura de
São Paulo. Se eleito, teria de abandonar o cargo quase um ano e meio depois de tomar posse para tentar a
Presidência.
Com a possível vitória de Serra, o
lugar-comum tem sido afirmar que
Alckmin é pule de dez o nome tucano
mais cotado para disputar o Planalto
em 2006. Mais ou menos.
É razoável supor que Alckmin não
queira ficar quatro anos sem mandato. Disputar a Presidência e perder
pode não ser um bom negócio.
Uma opção para Alckmin seria
concorrer ao Senado, mas aí também
esbarraria com a cadeira quase cativa do petista Eduardo Suplicy, que
tentará renovar sua vaga em 2006.
A disputa tranqüila para Alckmin
seria a Câmara dos Deputados, onde
poderia chegar como o mais votado
para comandar a bancada tucana.
Diferentemente do governador
paulista, proibido de disputar a reeleição por estar há dois mandatos no
cargo, o mineiro Aécio Neves pode
tentar mais quatro anos. Há indicações de que seguirá por aí.
FHC é uma possibilidade remotíssima. Só seria candidato na certeza total de vitória. José Serra -se vencer a
disputa paulistana- talvez prefira
fazer uma boa administração na
maior capital do país. Entre os tucanos de alta plumagem sobra um nome: Tasso Jereissati. Com oito anos
de mandato de senador, pode se dar
ao luxo de disputar e perder.
A dúvida é se o PSDB do Sudeste
abrirá espaço para um nordestino.
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