São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FERNANDO RODRIGUES

Presidenciáveis tucanos

BRASÍLIA - Ainda faltam os 44 segundos turnos, mas, dentro das cúpulas partidárias, só se fala em quem disputará o que nas eleições de 2006 -para presidente da República, governadores estaduais e senadores (uma vaga por Estado).
No PT é Lula. No PFL só há um nome nacional, o de Cesar Maia. No PMDB, o nada de sempre.
No PSDB, a situação é mais complexa. Há pelo menos quatro nomes na mesa: FHC, Geraldo Alckmin, Aécio Neves e Tasso Jereissati. O quinto seria José Serra. Ocorre que ele é hoje favorito na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Se eleito, teria de abandonar o cargo quase um ano e meio depois de tomar posse para tentar a Presidência.
Com a possível vitória de Serra, o lugar-comum tem sido afirmar que Alckmin é pule de dez o nome tucano mais cotado para disputar o Planalto em 2006. Mais ou menos.
É razoável supor que Alckmin não queira ficar quatro anos sem mandato. Disputar a Presidência e perder pode não ser um bom negócio.
Uma opção para Alckmin seria concorrer ao Senado, mas aí também esbarraria com a cadeira quase cativa do petista Eduardo Suplicy, que tentará renovar sua vaga em 2006.
A disputa tranqüila para Alckmin seria a Câmara dos Deputados, onde poderia chegar como o mais votado para comandar a bancada tucana.
Diferentemente do governador paulista, proibido de disputar a reeleição por estar há dois mandatos no cargo, o mineiro Aécio Neves pode tentar mais quatro anos. Há indicações de que seguirá por aí.
FHC é uma possibilidade remotíssima. Só seria candidato na certeza total de vitória. José Serra -se vencer a disputa paulistana- talvez prefira fazer uma boa administração na maior capital do país. Entre os tucanos de alta plumagem sobra um nome: Tasso Jereissati. Com oito anos de mandato de senador, pode se dar ao luxo de disputar e perder.
A dúvida é se o PSDB do Sudeste abrirá espaço para um nordestino.


Texto Anterior: Lisboa - Clóvis Rossi: Fantasmas
Próximo Texto: Rio de Janeiro - Carlos Heitor Cony: Paixão segundo Sabino
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.