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RECUPERAÇÃO JAPONESA
A economia japonesa cresceu
1,4% no quarto trimestre de
2005 em relação ao período anterior.
Foram registrados quatro trimestres
consecutivos de expansão econômica. No ano, o PIB avançou 2,8%.
A taxa de crescimento foi superior
ao que projetava a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), que previa
uma expansão de 2,4%, e o FMI
(Fundo Monetário Internacional),
que antecipava alta de 2%. Esse dinamismo japonês esteve relacionado
com a expansão das exportações, sobretudo para os EUA. As vendas externas de bens e serviços do Japão
cresceram 3,1% no período, e as importações encolheram 1,3%.
O consumo e o investimento privado também mostraram sinais de expansão. O gasto das famílias subiu
0,8%, e o das empresas em expansão
da capacidade produtiva, 1,7%. O
dispêndio do governo ficou estável.
O vigor das exportações -acompanhando o crescimento da economia mundial sob a liderança dos
EUA e da China e o fortalecimento da
demanda doméstica- alimenta expectativas de que o Banco do Japão
pode vir a modificar a sua política
monetária, bastante expansionista
há mais de uma década -em vão.
O BC japonês tem mantido a taxa
de juros básica próxima de zero desde meados de 1995, a fim de combater a persistente tendência à deflação
dos preços. Teme-se que as taxas de
juros possam começar a subir, reduzindo o diferencial em relação às prevalecentes nos EUA.
A boa notícia do crescimento econômico, porém, não foi suficiente
para arrancar o Japão dessa problemática armadilha da queda persistente dos preços ao consumidor. A
contínua expansão das exportações
-e, portanto, das receitas em moeda estrangeira- mantém a pressão
para a valorização do iene, o que força os preços domésticos para baixo.
Os dados disponíveis ainda não possibilitam atestar que a economia japonesa tenha mudado definitivamente de rota.
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