"Já critiquei a Folha por várias reportagens que achei injustas, mas me solidarizo com o jornal no momento em que ele e sua repórter Elvira Lobato enfrentam esse embate engendrado pela Igreja Universal.
Isso porque passei, há pouco tempo, por situação semelhante no caso do padre Júlio Lancellotti, a quem defendo e represento. Para atingir a Igreja Católica, de quem a Universal é rival, a Rede Record, de Edir Macedo, não mediu esforços para ampliar uma falsa denúncia de pedofilia contra o padre Júlio."
LUIZ EDUARDO GREENHALGH, advogado (São Paulo, SP)

"Evangélicos da Iurd ofenderam-se com o noticiário da mídia e, contrariando os ensinamentos bíblicos, substituem o perdão por possível indenização. Têm esse direito civil, mas se desviam do padre-nosso e rejeitam o "oferecer a outra face" quando apelam para ressarcimento pecuniário. Serão dois os julgamentos: o da Justiça brasileira e o divino."
ALVARO NELSON SAUNDERS DA SILVA (Mogi das Cruzes, SP)

"Com a Folha ninguém pode! Saíram advogados, a ABI, a ANJ e outras entidades a defendê-la. Vale-se de uma blindagem da qual acusa o próprio presidente da República de possuir.
Entra numa disputa "toma-lá-dá-cá" com outros setores da mídia que jurava ser o traço mais comum da mixórdia nacional tucanos/demos versus lulopetistas.
Os jornalistas, os políticos, os religiosos e demais cidadãos precisam aprender que democracia é assim mesmo: nem sempre o ponto de vista de um é o de todos.
Chamar uma igreja de "império empresarial" também pode ser considerado "intimidador" e de "má-fé" por aqueles que não pactuam com esse ponto de vista.
Esses conflitos devem ter seu espaço, sim, na democracia. Não vejo lugar melhor para resolvê-los do que nos tribunais."
RAFAEL FERREIRA COELHO (São Paulo, SP)

Fidel
"Na hora certa, Fidel Castro deixa o cargo de presidente do Conselho de Estado de Cuba.
E faz isso gozando de plena consciência e com dignidade. Não foi deposto nem morto, como sempre quiseram a CIA, os governos norte-americanos e aqueles que nunca entenderam a complexidade de uma verdadeira revolução.
Agora, passará a atuar somente em uma trincheira, na qual é um perito: a luta de idéias, em que a inteligência, a experiência e a sensibilidade são as principais armas."
DERMEVAL CORRÊA DE ANDRADE (São Paulo, SP)

"Ao ler o "Painel do Leitor" de ontem, foi impossível não me lembrar da admiração mútua nutrida há anos por Fidel e Niemeyer. Nada mais coerente. Afinal ambos têm a habilidade de conceber locais lindos de se ver, nos quais, entretanto, ninguém consegue morar."
OSWALDO MACEK (São Paulo, SP)

VarigLog
"A reportagem "Disputa entre sócios da VarigLog vira caso de polícia" (Dinheiro, 10/2) deu amplo destaque a um Boletim de Ocorrência lavrado por um dos administradores daquela empresa -que se disse "ameaçado por advogados que trabalham para o fundo americano". A verdade é que tal B.O. apenas revela uma situação de desespero dos "sócios brasileiros" da Variglog, os senhores Marcos Haftel, Marco Antônio Audi e Luis Eduardo Gallo, recentemente afastados pela Justiça da gestão da empresa.
É lamentável que a jornalista se tenha deixado convencer por uma versão unilateral contida num B.O. lavrado sob medida e com frases de efeito às vésperas da publicação da reportagem.
O tema já é objeto de queixa-crime e de ação cível proposta contra o difamador."
CRISTIANO ZANIN MARTINS e VALESKA TEIXEIRA ZANIN MARTINS, sócios do escritório Teixeira, Martins & Advogados (São Paulo, SP)

"No texto "Disputa entre os sócios da VarigLog vira caso de polícia", as acusações, comprovadas, apresentadas pelo fundo Matlin Patterson foram praticamente ignoradas.
O fundo trouxe ao Brasil mais de US$ 400 milhões para a VarigLog. Os administradores brasileiros, em vez de zelar pela boa aplicação dos investimentos, praticaram manobras condenáveis, inclusive transferências indevidas de valores.
As decisões judiciais do Brasil, EUA e Suíça, favoráveis ao fundo, receberam tratamento de "acusações". Um mero B.O., baseado em uma invectiva, foi manchete de página. O fato de os gestores não pagarem fornecedores, credores, salários e não repassarem ao governo o INSS recolhido dos trabalhadores foi omitido. Fatos antes noticiados pelo próprio jornal voltaram como alegações duvidosas.
Informado, o jornal não deu atenção ao fato de que o trio teve a coragem de condicionar a devolução da empresa a uma lista de exigências: ficar com as LandRovers adquiridas com dinheiro da empresa para uso pessoal e com US$ 50 milhões de "bônus". Se não atendidos, ameaçaram devolver a empresa falida.
A Justiça, diante dos mesmos documentos, afastou os acusados da gestão da empresa."
LAP CHAN, manager partner da Matlin Patterson (São Paulo, SP)

Folha, 87
A Folha agradece as felicitações por seus 87 anos recebidas de: Ricardo Izar, deputado federal pelo PTB-SP (Brasília, DF); Azuaite França, vereador pelo PPS (São Carlos, SP); José R. A. de Sant'anna, professor da Faculdade de Direito da UFBA e vice-presidente da Associação Nacional dos Advogados Afrodescendentes (Salvador, BA); José Carlos Guedes, radialista (Jacareí, SP).

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