LONDRES - Visita aos jornais brasileiros de ontem:
1 - "O prazo já acabou", avisa João Paulo Rodrigues, líder do MST, ao "Jornal do Brasil". A partir de abril, o movimento reinicia ocupações.
2 - Os ministros do Trabalho, Ricardo Berzoini, e do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, atacam o colega da Previdência, Amir Lando, pela proposta de aumento da contribuição. "Nenhum aumento de imposto é boa idéia", diz Furlan.
3 - Roberto Rodrigues (Agricultura) chamou seu colega Guido Mantega (Planejamento) de "vagabundo" e mandou-o à PQP, segundo "O Globo". Consta que esperou seis meses por uma audiência com Mantega.
4 - Dom Mauro Morelli, bispo de Duque de Caxias, diz que a política econômica interfere no combate à fome. "Está interferindo porque, na concepção do governo, a prioridade é a estabilidade econômica, é cumprir os acordos. [...] Só que, cada vez mais, vai ficando evidente que o país não agüenta ficar engessado por muito tempo", relata a Folha.
É sempre bom lembrar que, na véspera, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dom Geraldo Majella Agnelo, havia dito: "A fome e a miséria sempre existiram no Brasil. Porém, nunca foram tão visíveis como agora. Antigamente, a gente via pelas ruas a pobreza. Hoje, o que enxergamos é a miséria".
5 - Do escritor comunista José Saramago à Folha: "Duvido que o povo esteja vencendo no Brasil. É muito mau sinal que ministros progressistas tenham sido substituídos por neoliberais que só conhecem uma receita econômica, a do FMI".
Como se vê, críticas, TODAS, partidas de petistas, progressistas, simpatizantes do PT ou ministros do governo do PT. Os "companheiros" estão todos irritados? Não.
De Lázaro Brandão, patriarca do Bradesco: "São soluços, mas o país caminha. O que está acontecendo agora são pequenas travas na economia, o crédito ainda não aumentou, mas isso passa".


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