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Ainda a melhorar
UM ANO após a assinatura
da lei que regulamentou
os Serviços de Atendimento ao Consumidor (SACs), e
quase oito meses após sua implantação, ainda resta muito a fazer para que os consumidores tenham seus direitos respeitados.
Como esta Folha noticiou ontem, citando dados levantados
por uma consultoria, houve uma
melhora no acesso aos serviços
de call centers. Mesmo assim, a
qualidade do atendimento ainda
registra alguns índices insatisfatórios ou até piores.
Para atender a lei, as empresas
investiram na contratação de
funcionários. Isso possibilitou
que algumas exigências da norma fossem cumpridas -a disponibilidade ininterrupta, opções
como "cancelamento do contrato" no menu eletrônico e limite
no tempo de espera.
Entre 69 companhias de seis
setores (telefonias fixa e móvel,
empresas de transporte de passageiros, planos de saúde, instituições financeiras e seguradoras), os testes de avaliação nesses quesitos tiveram uma melhora média de 57,6% para
82,9%, em uma escala que vai até
100%, entre janeiro e abril.
Já no que diz respeito à disponibilidade do histórico das chamadas e transferência automática da ligação em casos de reclamação, o índice médio nos seis
setores mudou quase nada, de
84,2% para 83,6%.
No quesito acompanhamento
dos pedidos (o consumidor deve
receber um número com registro do atendimento), os percentuais se mantiveram em patamares muito baixos.
Está claro que a lei, ao prever
punições aos infratores, como
multas, ajudou a conter os abusos a exemplo dos intervalos intermináveis de espera ou dos artifícios para evitar cancelamentos. Mas ainda é preciso que as
autoridades atuem com mais rigor para que os usuários sejam
de fato bem atendidos.
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