São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2000


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NOVELA DO PETRÓLEO

Estão se transformando em uma novela internacional as oscilações do preço do petróleo neste ano. Após diversas promessas da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de elevar a produção e a utilização de estoques internos pelo EUA, o preço do produto chegou a recuar para US$ 27 por barril padrão do tipo "brent". Mas, na semana passada, a cotação do produto voltou a bater novos recordes, atingindo seu maior valor em dez anos: US$ 32,50.
A Opep diz que a decisão de aumentar a produção somente poderá ser tomada na próxima reunião de seus países-membros, dia 10 de setembro. A utilização do mecanismo automático, que permite aumentar a produção sempre que a cotação média dos 20 dias anteriores ultrapassar US$ 28 por barril, não tem sido utilizada porque o cartel do petróleo usa uma ponderação de sete tipos diferentes do produto, o que está reduzindo os preços médios.
O Brasil tem conseguido melhorar o seu desempenho econômico, apesar das ameaças que o petróleo representa para as taxas de inflação e para balança comercial.
Uma situação como essa seria impensável na década de 70, quando o petróleo começou a criar os primeiros problemas para a economia internacional. Isso mostra os bons resultados alcançados pelo Brasil na redução de sua dependência da importação de petróleo.
É claro que os problemas não estão afastados. Mas não há muito o que fazer no curto prazo. Resta esperar que os problemas relacionados ao petróleo se resolvam em breve.
Quanto ao longo prazo, as dificuldades atuais devem servir de estímulo para a necessidade de reforçar a busca da auto-suficiência. Nesse sentido, é importante tomar medidas para aumentar a concorrência na cadeia interna do petróleo.


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