|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NOVELA DO PETRÓLEO
Estão se transformando em
uma novela internacional as oscilações do preço do petróleo neste
ano. Após diversas promessas da
Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de elevar a
produção e a utilização de estoques
internos pelo EUA, o preço do produto chegou a recuar para US$ 27
por barril padrão do tipo "brent".
Mas, na semana passada, a cotação
do produto voltou a bater novos recordes, atingindo seu maior valor em
dez anos: US$ 32,50.
A Opep diz que a decisão de aumentar a produção somente poderá
ser tomada na próxima reunião de
seus países-membros, dia 10 de setembro. A utilização do mecanismo
automático, que permite aumentar a
produção sempre que a cotação média dos 20 dias anteriores ultrapassar
US$ 28 por barril, não tem sido utilizada porque o cartel do petróleo usa
uma ponderação de sete tipos diferentes do produto, o que está reduzindo os preços médios.
O Brasil tem conseguido melhorar
o seu desempenho econômico, apesar das ameaças que o petróleo representa para as taxas de inflação e
para balança comercial.
Uma situação como essa seria impensável na década de 70, quando o
petróleo começou a criar os primeiros problemas para a economia internacional. Isso mostra os bons resultados alcançados pelo Brasil na
redução de sua dependência da importação de petróleo.
É claro que os problemas não estão
afastados. Mas não há muito o que
fazer no curto prazo. Resta esperar
que os problemas relacionados ao
petróleo se resolvam em breve.
Quanto ao longo prazo, as dificuldades atuais devem servir de estímulo para a necessidade de reforçar a
busca da auto-suficiência. Nesse
sentido, é importante tomar medidas para aumentar a concorrência na
cadeia interna do petróleo.
Texto Anterior: Editoriais: Japão menos mal Próximo Texto: São Paulo - Vinícius Torres Freire: Dinheiro Índice
|