São Paulo, terça-feira, 21 de novembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Dívida pública
"Na matéria "Gastos com servidores do INSS barram alta do investimento" (Dinheiro, pág. B1, 16/11), Gustavo Patu parece haver aderido à campanha do governo federal para a redução das despesas previdenciárias e de pessoal da União, as quais, somadas, representam cerca de 12% do Orçamento federal. Mas não diz uma só palavra sobre o serviço da dívida pública, que empenha mais da metade do Orçamento, como alertaram recentemente os técnicos do Unafisco. Não cometerei a injúria de supor que o exímio jornalista ignora o fato de que a política de endividamento público alimenta a minoria rentista do país, em detrimento da imensa maioria que sobrevive unicamente com o seu trabalho e a proteção da Previdência Social."
FÁBIO KONDER COMPARATO , presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB Federal (São Paulo, SP)

Doações
"A respeito da reportagem da Folha de sábado, dos ilustres jornalistas Rubens Valente e Leandro Beguoci, esclareço o seguinte: o nome da CPI era "Comissão Parlamentar de Inquérito com a finalidade de investigar operações no setor se combustíveis, relacionados com a sonegação dos tributos, máfia, adulteração e suposta indústria de liminares". Portanto, nada tinha a ver com a Ipiranga, empresa transparente, que tem um legado de mais de 60 anos como símbolo da obstinação de seu fundador, João Pedro Gouvêa Vieira. Empresa do porte da Ipiranga nada tinha a ver, repito, com a aludida CPI, cuja finalidade básica era apurar atos jurisdicionais eivados de suspeição na concessão indiscriminada de liminares a empresas irregulares."
PAES LANDIM , deputado federal pelo PFL-PI (Brasília, DF)

Fusão de partidos
"A Mobilização Democrática é mais uma sigla partidária montada sob o signo do casuísmo (Brasil, 20/11). Nas últimas eleições, nenhum eleitor votou na MD (PPS + PMN + PHS), no neo-PTB (PTB + PAN) ou no PR (Prona + PL + PT do B) enquanto legendas partidárias, pela própria inexistência das mesmas. Se o estabelecimento da cláusula de barreira é discutível, muito pior é a mudança de regras depois de prazos eleitorais previstos e apuradas as urnas. A classe política a tudo assiste, como que em con- luio com tal ilegitimidade, talvez com o fito de barganhar futuros silêncios e omissões."
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

Consciência negra
"Sensacional e realista a charge de Angeli "Feriado: Dia da Consciência Negra", de 20/11. Exatamente o que presencio num feriado no Guarujá. Negros na areia da praia vendendo de tudo a serviço da multidão de brancos lagarteando ao sol. Parabéns ao cartunista."
EUGENIO BARROS (São Paulo, SP)

 

"O "Painel do Leitor" é um espaço de críticas e opiniões onde ninguém é obrigado a concordar com ninguém, muito pelo contrário. No entanto, alguns leitores fazem réplicas ferozes, por vezes desqualificando a opinião alheia com juízos de valor. É o caso da leitora Maria do Rosário Figueiredo (20/11), que não se limita ao contraponto e define um comentário anterior como "infeliz". Questionando a "cor da pele" desse outro leitor (estamos mesmo virando um país de racistas às avessas), chega ao extremo preconceito de sugerir qual seria a cor para a sua consciência, como se a reflexão pessoal fosse condicionada por fatores étnicos."
CRISTINA CATALINA CHARNIS (São Paulo, SP)

Assassinato
"A apresentação e confissão espontâneas do desempregado Luiz Eduardo Cirino de que matou o casal de idosos em São Paulo mostram o açodamento e temeridade da atitude da Polícia em, no dia seguinte ao fato, já apontar Rogério Tavares, filho do casal, como suspeito desse terrível crime. Detalhe: Rogério sofrera formidável lesão na região da nuca, ficando internado na UTI, o que indicava à evidência de que era vítima, e não autor. As autoridades policiais precisam aprender a não imputar publicamente a autoria de um crime a uma pessoa, ainda que por mera suspeita, antes de concluir a investigação e não apenas iniciá-la. Faltou competência profissional. Rogério foi desmoralizado como homicida dos próprios pais, teve sua casa pichada e agora descobriram que é inocente. E agora? Quem vai responder pelo dano moral?"
PEDRO GIBERTI , defensor público (São Paulo, SP)

Emir Sader
"A carta que Mariana Setúbal publicou na Folha de sábado, 18 de novembro, envolvendo meu nome, é mentirosa. Repete os argumentos que constam em uma nota escrita por Emir Sader, que mais uma vez se esquiva de aparecer. Na época dos fatos, Mariana era uma jovem estagiária no LPP da Uerj, com quem tive pouco contato. Não sei se escreveu para a Folha por má-fé ou por ter sido convencida por essa versão estapafúrdia, inventada por Emir Sader a posteriori para encobrir seus malfeitos. Os documentos que desmentem cabalmente essa versão estão no processo judicial movido contra mim e recentemente encerrado. Não tenho tempo, nem paciência, para me estender em um assunto tão antigo, da época em que uma verba de R$ 30 mil ainda provocava o apetite do casal Emir Sader e Ivana Jinkings. Talvez o Tribunal de Contas da União, em algum momento, nos diga em que escala o guloso casal passou a operar em tempos mais recentes. Aposto que ficaremos chocados. Quanto a mim, começo a pensar que seria interessante enviar os documentos desse contencioso ao Ministério Público do Estado Rio de Janeiro. Afinal, Emir Sader fez o que fez na condição de funcionário público, coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da prestigiosa Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Um parecer isento, preparado pelo Ministério Público, depois de ouvidas as partes, poderia dirimir todas as dúvidas e propor as medidas legais pertinentes."
CESAR BENJAMIN (Rio de Janeiro, RJ)

Infância
"O artigo de Sergio Costa "Na terra do nunca" (Opinião, 20/11) pode passar despercebido a muitos, mas é um alerta que devia servir de bandeira para todos os que se interessam pela infância em nosso país e, fundamentalmente, para os que têm obrigação de protegê-la. A história do garoto de 12 anos que ganha R$ 2 por mês vendendo coentro e os desperdiça em uma hora e meia numa casa de jogos eletrônicos precisa ser objeto de denúncia nacional."
DEUSDEDIT FERREIRA DE MENEZES (São Carlos, SP)

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