|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Dívida pública
"Na matéria "Gastos com servidores do INSS barram alta do investimento" (Dinheiro, pág. B1, 16/11),
Gustavo Patu parece haver aderido
à campanha do governo federal para a redução das despesas previdenciárias e de pessoal da União, as
quais, somadas, representam cerca
de 12% do Orçamento federal. Mas
não diz uma só palavra sobre o serviço da dívida pública, que empenha mais da metade do Orçamento,
como alertaram recentemente os
técnicos do Unafisco. Não cometerei a injúria de supor que o exímio
jornalista ignora o fato de que a política de endividamento público alimenta a minoria rentista do país,
em detrimento da imensa maioria
que sobrevive unicamente com o
seu trabalho e a proteção da Previdência Social."
FÁBIO KONDER COMPARATO , presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB Federal (São Paulo, SP)
Doações
"A respeito da reportagem da Folha de sábado, dos ilustres jornalistas Rubens Valente e Leandro Beguoci, esclareço o seguinte: o nome
da CPI era "Comissão Parlamentar
de Inquérito com a finalidade de investigar operações no setor se combustíveis, relacionados com a sonegação dos tributos, máfia, adulteração e suposta indústria de liminares". Portanto, nada tinha a ver com
a Ipiranga, empresa transparente,
que tem um legado de mais de 60
anos como símbolo da obstinação
de seu fundador, João Pedro Gouvêa Vieira.
Empresa do porte da Ipiranga nada tinha a ver, repito, com a aludida
CPI, cuja finalidade básica era apurar atos jurisdicionais eivados de
suspeição na concessão indiscriminada de liminares a empresas irregulares."
PAES LANDIM , deputado federal pelo PFL-PI (Brasília, DF)
Fusão de partidos
"A Mobilização Democrática é
mais uma sigla partidária montada
sob o signo do casuísmo (Brasil,
20/11). Nas últimas eleições, nenhum eleitor votou na MD (PPS +
PMN + PHS), no neo-PTB (PTB +
PAN) ou no PR (Prona + PL + PT do
B) enquanto legendas partidárias,
pela própria inexistência das mesmas. Se o estabelecimento da cláusula de barreira é discutível, muito
pior é a mudança de regras depois
de prazos eleitorais previstos e
apuradas as urnas. A classe política
a tudo assiste, como que em con-
luio com tal ilegitimidade, talvez
com o fito de barganhar futuros silêncios e omissões."
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)
Consciência negra
"Sensacional e realista a charge
de Angeli "Feriado: Dia da Consciência Negra", de 20/11. Exatamente o que presencio num feriado no
Guarujá. Negros na areia da praia
vendendo de tudo a serviço da multidão de brancos lagarteando ao sol.
Parabéns ao cartunista."
EUGENIO BARROS (São Paulo, SP)
"O "Painel do Leitor" é um espaço
de críticas e opiniões onde ninguém
é obrigado a concordar com ninguém, muito pelo contrário. No entanto, alguns leitores fazem réplicas ferozes, por vezes desqualificando a opinião alheia com juízos
de valor. É o caso da leitora Maria
do Rosário Figueiredo (20/11), que
não se limita ao contraponto e define um comentário anterior como
"infeliz". Questionando a "cor da pele" desse outro leitor (estamos mesmo virando um país de racistas às
avessas), chega ao extremo preconceito de sugerir qual seria a cor para
a sua consciência, como se a reflexão pessoal fosse condicionada por
fatores étnicos."
CRISTINA CATALINA CHARNIS (São Paulo, SP)
Assassinato
"A apresentação e confissão espontâneas do desempregado Luiz
Eduardo Cirino de que matou o casal de idosos em São Paulo mostram o açodamento e temeridade da atitude da Polícia em, no dia seguinte ao fato, já apontar Rogério Tavares, filho do casal, como suspeito desse terrível crime. Detalhe:
Rogério sofrera formidável lesão na
região da nuca, ficando internado
na UTI, o que indicava à evidência
de que era vítima, e não autor. As
autoridades policiais precisam
aprender a não imputar publicamente a autoria de um crime a uma
pessoa, ainda que por mera suspeita, antes de concluir a investigação
e não apenas iniciá-la. Faltou competência profissional. Rogério foi
desmoralizado como homicida dos
próprios pais, teve sua casa pichada
e agora descobriram que é inocente.
E agora? Quem vai responder pelo
dano moral?"
PEDRO GIBERTI , defensor público (São Paulo, SP)
Emir Sader
"A carta que Mariana Setúbal publicou na Folha de sábado, 18 de
novembro, envolvendo meu nome,
é mentirosa. Repete os argumentos
que constam em uma nota escrita
por Emir Sader, que mais uma vez
se esquiva de aparecer. Na época
dos fatos, Mariana era uma jovem
estagiária no LPP da Uerj, com
quem tive pouco contato. Não sei se
escreveu para a Folha por má-fé ou
por ter sido convencida por essa
versão estapafúrdia, inventada por
Emir Sader a posteriori para encobrir seus malfeitos. Os documentos
que desmentem cabalmente essa
versão estão no processo judicial
movido contra mim e recentemente encerrado. Não tenho tempo,
nem paciência, para me estender
em um assunto tão antigo, da época
em que uma verba de R$ 30 mil ainda provocava o apetite do casal
Emir Sader e Ivana Jinkings. Talvez o Tribunal de Contas da União,
em algum momento, nos diga em
que escala o guloso casal passou a
operar em tempos mais recentes.
Aposto que ficaremos chocados.
Quanto a mim, começo a pensar
que seria interessante enviar os documentos desse contencioso ao Ministério Público do Estado Rio de
Janeiro. Afinal, Emir Sader fez o
que fez na condição de funcionário
público, coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da prestigiosa Universidade do Estado do
Rio de Janeiro. Um parecer isento,
preparado pelo Ministério Público,
depois de ouvidas as partes, poderia dirimir todas as dúvidas e propor as medidas legais pertinentes."
CESAR BENJAMIN (Rio de Janeiro, RJ)
Infância
"O artigo de Sergio Costa "Na terra do nunca" (Opinião, 20/11) pode
passar despercebido a muitos, mas
é um alerta que devia servir de bandeira para todos os que se interessam pela infância em nosso país e,
fundamentalmente, para os que
têm obrigação de protegê-la.
A história do garoto de 12 anos
que ganha R$ 2 por mês vendendo
coentro e os desperdiça em uma
hora e meia numa casa de jogos eletrônicos precisa ser objeto de denúncia nacional."
DEUSDEDIT FERREIRA DE MENEZES (São Carlos, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Charles A. Tang: Por um modelo econômico de riqueza Próximo Texto: Erramos Índice
|