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No front doméstico
O CONTRASTE não poderia
ser maior com as negativas de George W. Bush
quanto ao aquecimento global. O
relatório científico recém-lançado pela Casa Branca de Barack
Obama traz o termo "inequívoco" logo na primeira frase sobre
aquecimento global.
Uma mensagem direta de 13
agências de pesquisa dos EUA:
chega de brigar com a ciência,
atitude que predominou até a
derrota dos republicanos e a eleição do sucessor democrata.
O país é o maior emissor no
planeta -ao lado da China- de
gases que agravam o efeito estufa, retendo calor na atmosfera.
Apesar disso, os EUA negavam a
contribuição do homem para o
aquecimento e, também, a necessidade de combatê-lo por
meio de acordos internacionais.
O relatório veio para virar o jogo, disse Jane Lubchenco, diretora da Agência Nacional de
Oceanos e Atmosfera (Noaa).
Em linguagem simples, objetiva
primeiro convencer o público
americano de que o aquecimento global não é só teoria.
A Casa Branca destaca os desdobramentos do fenômeno em
território americano, como o aumento de temperatura, tempestades e enchentes. John Holdren, assessor científico de Obama, assina com Lubchenco a carta de apresentação do estudo ao
Congresso: "Pretendemos usar a
informação contida neste relatório para elaborar políticas e decisões sobre o futuro e recomendamos que outros façam o mesmo".
Os EUA se movem, porém só
no front doméstico. O restante
do mundo aguarda que a mudança se traduza em compromissos
para fazer avançar a negociação
internacional sobre o clima.
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