BRASÍLIA - Quem denunciou Antonio Palocci foi seu amigo e ex-assessor na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP), Rogério Buratti, garantindo que o chefe tirava R$ 50 mil por mês dos ricos para dar aos pobres. Quer dizer: das empresas de lixo para o PT.
Quem primeiro atingiu José Dirceu foi Waldomiro Diniz, que era seu braço-direito no Planalto e foi filmado levando propina de bicheiro.
Quem botou a boca no trombone contra o esquema Marcos Valério foi o deputado Roberto Jefferson, do PTB, aliado do governo Lula e freqüentador do Planalto.
Quem ganhou um Land Rover da GDK, empresa da área de petróleo que disputa licitações milionárias com o governo, foi o então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira.
Quem recebeu um pacote inocente com R$ 327 mil e aproveitou para comprar um apartamento um mês depois foi Henrique Pizzolato. Em 2002, ele desfilava com cartão de visitas do comitê financeiro de Lula. Depois, voltou para o Banco do Brasil.
Quem assinou os empréstimos de milhões para o PT com aval de Marcos Valério foi o à época presidente do partido, José Genoino.
Quem abriu o bico foram Marcos Valério, sobre os saques, e Duda Mendonça, sobre o envio de dólares para paraísos fiscais.
Quem fazia fila no Banco Rural de Brasília para pegar R$ 20 mil, R$ 50 mil, R$ 400 mil eram os líderes e alguns importantes deputados do PT e da base aliada (PL, PTB, PP).
E quem estava por trás de tudo era o tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Que devia ter alguém por trás dele...
Para mim, os Waldomiros, Burattis, Silvinhos, Valérios e Delúbios são do PSDB e do PFL e estão conspirando descaradamente para derrubar o governo. Só inimigo faz tanto estrago.
Aliás, o tucanão Buratti depõe amanhã na CPI dos Bingos, e o governo está apreensivo. Buratti sabe das coisas e só contou um pedaço para os promotores paulistas. Pode ter deixado o filé suculento para a TV, ao vivo e em cores? Cores vermelhas.