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PAINEL DO LEITOR
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Violência
"Em "Caveira social" (Opinião,
22/10), Fernando de Barros e Silva
trata do filme "Tropa de Elite" fazendo uso de alguns termos já bem
surrados do jargão político. Não
percebe que o filme traz à tona toda
uma discussão em torno do problema da violência urbana e de suas facetas mais complexas.
Sua análise erra sobre os principais motivos do sucesso do filme. O
que o brasileiro não aceita mais é a
defesa aberta do mau-caratismo, da
falta de ética, da corrupção, tal qual
se vê a todo instante nos atos e palavras de nossos governantes.
Vale ressaltar que "as esquerdas"
deste país não são só míopes, são
mais do que isso, são cegas por não
enxergarem os nossos problemas
em sua amplitude e profundidade,
por não enxergarem as necessidades urgentes do cidadão comum.
E são ainda surdas, mudas e tristemente entrevadas por não darem
ouvidos às críticas, ao contrário do
que sonhavam os cidadãos votantes
que as colocaram no poder."
DIMAS IKEOKA (São Paulo, SP)
"O leitor, mestrando em direito,
que acha "vergonhosa, para não dizer injusta e covarde, a posição da
OAB ao criticar o justo e necessário
enfrentamento das polícias no Rio
de Janeiro contra o crime organizado" ("Painel do Leitor", 21/10) deve
ser adepto da antiga frase "bandido
bom é bandido morto".
Fala em nome do povo ao afirmar
que "a OAB, deste modo, coloca-se
na contramão daquilo que o povo
quer e apóia". Acha que a ação do
Estado na favela da Coréia, no Rio, é
"uso do poder da polícia" e critica os
"apologistas do crime -travestidos
de cantores dos pretos pobres-, as
suspeitas ONGs, os intelectuais
ociosos e os padres com um estranho senso cristão".
Para o menino Jorge Kauã, de
quatro anos, morto no confronto,
nem uma palavra de conforto. Para
quê? Era só um favelado a mais.
Será que ele pensa que todo favelado é bandido? Será que nunca ouviu falar do Esquadrão da Morte?
Em suas leituras para seu mestrado, já leu sobre Mariel Mariscott?"
PAULO CEZAR GUIMARÃES
(Rio de Janeiro, RJ)
Educar a si mesmo
"O texto "Droga de elite" de Gilberto Dimenstein (Cotidiano, 21/
10), foi uma abordagem direta do
quanto os educadores e o processo
de discriminação dos alunos com
comportamento não compreendido ainda são punitivos e contraditórios em relação ao real sentido da
educação na vida do homem.
Certamente serão necessárias
dezenas de séculos para se entender que a maior dificuldade no processo educacional não está em educar o outro, mas em educar a si
mesmo, na remoção das próprias
falhas e no burilar de um ser que
deveria respeitar e compreender
melhor o outro."
DENIZE DO NASCIMENTO GONÇALVES
(Votuporanga, SP)
Juízes e promotores
"Gostaria de saber como são feitas as provas de concurso para juízes e promotores.
Não é feita nenhuma avaliação
oral? Não estão incluídos entre as
matérias da prova os temas "ética",
"isenção" e "equilíbrio emocional'?
Vejamos o recente noticiário: um
promotor dispara uma dúzia de tiros em uma festa; outro promotor,
alcoolizado, atropela e mata três
pessoas; um juiz emite um parecer
homofóbico no caso de um jogador
de futebol; outro juiz solta uma "pérola" do preconceito sobre a Lei Maria da Penha e a agressão contra a
mulher.
Creio que esteja na hora de rever
alguns conceitos na aprovação de
juízes e promotores."
SANDRA MELO GOMES MORAES (Sorocaba, SP)
Biodiesel
"Em relação ao texto "ANP pode
punir atraso na entrega de biodiesel" (Dinheiro, 14/10), a Brasil Ecodiesel esclarece que está adimplente em suas obrigações de fornecimento de biodiesel à Petrobras, estando, portanto, apta a participar
dos próximos leilões da ANP.
Conforme informado por e-mail
em 11/10 ao repórter Fernando Nakagawa, o objetivo da repactuação
dos cronogramas de entregas e retiradas de biodiesel com a Petrobras
foi adequar a oferta do biocombustível com o desenvolvimento do
mercado e da infra-estrutura logística de distribuição. A Brasil Ecodiesel entende que tal medida seja
benéfica, considerando sua comprovada capacidade industrial de
produção de biodiesel em quantidade e qualidade necessárias ao
cumprimento dos seus contratos.
Os leilões de biodiesel determinam que os produtores ofertem o
produto para retirada nas suas usinas. No primeiro semestre de 2007,
no entanto, houve demanda inferior de produto pelas distribuidoras de combustível, que ainda se
adaptam à legislação de adição
obrigatória de biodiesel a partir de
janeiro de 2008.
As repactuações realizadas no
início deste ano elevaram os volumes de biodiesel a serem entregues
no final deste ano."
RICARDO VIANNA, diretor de Relações com Investidores da Brasil Ecodiesel (Rio de Janeiro, RJ)
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