São Paulo, terça-feira, 23 de outubro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Violência
"Em "Caveira social" (Opinião, 22/10), Fernando de Barros e Silva trata do filme "Tropa de Elite" fazendo uso de alguns termos já bem surrados do jargão político. Não percebe que o filme traz à tona toda uma discussão em torno do problema da violência urbana e de suas facetas mais complexas. Sua análise erra sobre os principais motivos do sucesso do filme. O que o brasileiro não aceita mais é a defesa aberta do mau-caratismo, da falta de ética, da corrupção, tal qual se vê a todo instante nos atos e palavras de nossos governantes.
Vale ressaltar que "as esquerdas" deste país não são só míopes, são mais do que isso, são cegas por não enxergarem os nossos problemas em sua amplitude e profundidade, por não enxergarem as necessidades urgentes do cidadão comum.
E são ainda surdas, mudas e tristemente entrevadas por não darem ouvidos às críticas, ao contrário do que sonhavam os cidadãos votantes que as colocaram no poder."
DIMAS IKEOKA (São Paulo, SP)

"O leitor, mestrando em direito, que acha "vergonhosa, para não dizer injusta e covarde, a posição da OAB ao criticar o justo e necessário enfrentamento das polícias no Rio de Janeiro contra o crime organizado" ("Painel do Leitor", 21/10) deve ser adepto da antiga frase "bandido bom é bandido morto".
Fala em nome do povo ao afirmar que "a OAB, deste modo, coloca-se na contramão daquilo que o povo quer e apóia". Acha que a ação do Estado na favela da Coréia, no Rio, é "uso do poder da polícia" e critica os "apologistas do crime -travestidos de cantores dos pretos pobres-, as suspeitas ONGs, os intelectuais ociosos e os padres com um estranho senso cristão".
Para o menino Jorge Kauã, de quatro anos, morto no confronto, nem uma palavra de conforto. Para quê? Era só um favelado a mais. Será que ele pensa que todo favelado é bandido? Será que nunca ouviu falar do Esquadrão da Morte? Em suas leituras para seu mestrado, já leu sobre Mariel Mariscott?"
PAULO CEZAR GUIMARÃES (Rio de Janeiro, RJ)

Educar a si mesmo
"O texto "Droga de elite" de Gilberto Dimenstein (Cotidiano, 21/ 10), foi uma abordagem direta do quanto os educadores e o processo de discriminação dos alunos com comportamento não compreendido ainda são punitivos e contraditórios em relação ao real sentido da educação na vida do homem.
Certamente serão necessárias dezenas de séculos para se entender que a maior dificuldade no processo educacional não está em educar o outro, mas em educar a si mesmo, na remoção das próprias falhas e no burilar de um ser que deveria respeitar e compreender melhor o outro."
DENIZE DO NASCIMENTO GONÇALVES (Votuporanga, SP)

Juízes e promotores
"Gostaria de saber como são feitas as provas de concurso para juízes e promotores. Não é feita nenhuma avaliação oral? Não estão incluídos entre as matérias da prova os temas "ética", "isenção" e "equilíbrio emocional'?
Vejamos o recente noticiário: um promotor dispara uma dúzia de tiros em uma festa; outro promotor, alcoolizado, atropela e mata três pessoas; um juiz emite um parecer homofóbico no caso de um jogador de futebol; outro juiz solta uma "pérola" do preconceito sobre a Lei Maria da Penha e a agressão contra a mulher.
Creio que esteja na hora de rever alguns conceitos na aprovação de juízes e promotores."
SANDRA MELO GOMES MORAES (Sorocaba, SP)

Biodiesel
"Em relação ao texto "ANP pode punir atraso na entrega de biodiesel" (Dinheiro, 14/10), a Brasil Ecodiesel esclarece que está adimplente em suas obrigações de fornecimento de biodiesel à Petrobras, estando, portanto, apta a participar dos próximos leilões da ANP.
Conforme informado por e-mail em 11/10 ao repórter Fernando Nakagawa, o objetivo da repactuação dos cronogramas de entregas e retiradas de biodiesel com a Petrobras foi adequar a oferta do biocombustível com o desenvolvimento do mercado e da infra-estrutura logística de distribuição. A Brasil Ecodiesel entende que tal medida seja benéfica, considerando sua comprovada capacidade industrial de produção de biodiesel em quantidade e qualidade necessárias ao cumprimento dos seus contratos.
Os leilões de biodiesel determinam que os produtores ofertem o produto para retirada nas suas usinas. No primeiro semestre de 2007, no entanto, houve demanda inferior de produto pelas distribuidoras de combustível, que ainda se adaptam à legislação de adição obrigatória de biodiesel a partir de janeiro de 2008.
As repactuações realizadas no início deste ano elevaram os volumes de biodiesel a serem entregues no final deste ano."
RICARDO VIANNA, diretor de Relações com Investidores da Brasil Ecodiesel (Rio de Janeiro, RJ)

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