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MELCHIADES FILHO
Sossega-leão
BRASÍLIA - Jefferson Péres
(PDT-AM), o senador que alertava
para a "putrefação moral" do Planalto e colocava em dúvida a "sobriedade" de Lula, avisou que agora
se "curva" ao partido. Identifica
"muitas concordâncias" com o presidente e promete "apoio crítico".
Arthur Virgílio (PSDB-AM), que
do Senado acusava Lula de "trafegar a sua mediocridade" pelo mundo, pegou carona no Aerolula e
aterrissou defendendo a criação de
um conselho de ex-presidentes.
Cristovam Buarque (PDT-DF)
nem esperou esfriar o cadáver de
Alckmin, seu candidato no segundo
turno. Tão logo encerraram a cerimônia de posse, o senador pôs de lado os meses de ressentimento devido à abrupta demissão no Ministério da Educação e correu para o
abraço do presidente reeleito.
O PFL renovou as promessas de
se firmar como o grande antagonista do PT no Congresso. Mas, na primeira semana da legislatura, o gaúcho Onix Lorenzoni, o novo líder do
partido na Câmara, se esbaforia todo para clonar um projeto de lei
do... petista Aloizio Mercadante.
Outro deputado do PFL de dentes afiados, José Aleluia cuida de
preservar espaços em seu partido.
A Raul Jungmann (PPS-PE), padrinho da Terceira Via na Câmara,
restou submergir para se defender
da acusação de irregularidades em
sua passagem como ministro do
Desenvolvimento Agrário.
Carlos Sampaio (PSDB-SP), também voz influente desse bloco interpartidário e independente, saiu
de cena desde que foi escolhido para ocupar a ouvidoria da Câmara.
Nem todos deram uma guinada
tão radical quanto a de Geddel Vieira Lima (PMDB), o pitbull de FHC
que "firmou novo contrato" com o
eleitorado da Bahia para se aliar
àqueles que chamava de "ratos".
Mas o presidente da República
não deixa barato. "Vocês são da situação", disse durante encontro
com oposicionistas. "Só que um
pouquinho mais intransigentes."
mfilho@folhasp.com.br
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