São Paulo, quinta-feira, 24 de maio de 2007

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PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

USP
"Parabéns a Laura Capriglione pela reportagem "25 anos depois, estudante leva a mãe para a invasão" (Cotidiano, 23/5). Pela primeira vez vi uma reportagem completa, que mostra bem o que está acontecendo na USP."
FABIANO MENEGHELLI (Cidade do México, México)

Navalha
"O quadro "Os políticos na Navalha" contém grave equívoco que atinge a imagem do governador de Sergipe, Marcelo Déda, e agrava a sua honra. Diferente do texto "Investigados citam 3 governadores do PT", na mesma página da Folha, a arte exibe a foto do Governador e as de outros políticos induzindo o leitor a acreditar que todos ali estão envolvidos com a Operação Navalha, descoberta pela Polícia Federal (PF). Pior, declara que houve recebimento de "dinheiro do esquema" e que o governador é suspeito de tê-lo recebido de seu vice Belivaldo Chagas. A frase tem nítido teor calunioso e afronta a realidade dos fatos e o relatório da PF, ao qual a Folha informa que teve acesso, além de conflitar-se frontalmente com a reportagem.
É fundamental esclarecer que o governador não é "suspeito" de nenhuma prática delituosa, não foi indiciado nem está sendo objeto de investigação. Mesmo nas informações publicadas pela Folha, com base em relatório da PF, não se encontra base para tal ilação: o texto refere-se a diálogos onde o nome do governador é citado por terceiros sem qualquer referência a práticas delituosas, quanto mais como destinatário de dinheiro de qualquer esquema criminoso.
Se os repórteres apresentassem o relatório aos leitores, ficariam evidentes as reclamações e as queixas dos indiciados ouvidos através do "grampo" da PF. Em vários momentos fica evidente que a reunião que o conselheiro Flávio Conceição, do Tribunal de Contas do Estado, pretendia ter, jamais se realizou; que este conselheiro afirma ter agido dentro daquela corte para impedir auditoria que o governador determinara nos contratos da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO); que o atual governador é comparado ao anterior e criticado por não ter "operadores"; que secretários do atual governo são chamados de "incompetentes" e "rodas-presas", verdadeiras "tragédias", sendo o governo classificado como "travado". Tudo isso em razão dos obstáculos e das dificuldades concretas que encontraram para continuar agindo sob a nova gestão.
Marcelo Déda, que foi prefeito de Aracaju por 5 anos e nunca teve a Gautama como contratada, jamais autorizou o vice-governador, ou qualquer secretário, servidor ou cidadão, a utilizar seu nome para quaisquer tratativas, conversas ou negócios envolvendo contratos ou interesses da administração pública. Se alguém o fez pretendeu exibir liberdades e intimidades que o Chefe do Executivo não lhe deferiu. Os negócios do Estado são tratados dentro das normas legais e sob os princípios e regras do controle interno."
ELOÍSA GALDINO, secretária de Comunicação (São Luís, MA)

"O quadro intitulado "Os políticos na Navalha" (Brasil, pág. A7, 23/5) trouxe foto do governador Jackson Lago e a seguinte referência: "Dois sobrinhos são suspeitos de receber R$ 240 mil da Gautama por pagamentos de obras no Estado. Diz que só falará após auditoria".
Não é verdade. O governador tem recebido, desde domingo, vários jornalistas que pedem entrevistas. Na segunda-feira conversou, por cerca de uma hora, com o jornalista Kennedy Alencar, da Folha de S. Paulo. Na ocasião, o governador entregou à Folha documentos que provam não ser verdade a informação, dada pela Polícia Federal, de que tenha se hospedado "clandestinamente" no Kubitschek Palace Hotel, em Brasília, e que sua presença só foi detectada graças às câmeras internas. A Folha chegou a publicar, no dia 21, página A8, uma seqüência de quatro fotos com as tais imagens. Infelizmente, a entrevista não foi publicada e a Folha sequer deu a informação de que tinha documentos provando o registro formal no hotel e até a conta de despesas, desmontando a absurda afirmação da Polícia Federal."
JOSÉ RAIMUNDO PINHEIRO NETO, chefe da assessoria de comunicação do Estado do Maranhão (São Luís, MA)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Navalha
"Na reportagem "Advogados criticam decisões do Judiciário em ações da PF" (Brasil, 23/5), o ilustre jornalista Frederico Vasconcelos, ao registrar que "membro da OAB reclama da invasão de escritórios e diz que medidas antes usadas contra os pobres agora são aplicadas a "outros presos", sepultou a íntegra da fala, dando-lhe, lamentavelmente, sentido repulsivo.
De fato, na linha do que escrevi e tenho afirmado há mais de dez anos, disse que "o que já era alvo de críticas na ação repressiva contra pretos, pobres e putas agora é ampliado para outro segmento social, e há quem aplauda isso como a democratização do direito penal". Na verdade, o que ocorre é o espraiamento da arbitrariedade, o que fomenta um caldo de cultura da violência estatal com o qual não podemos concordar.
Sem a íntegra do pensamento, o leitor fica com a falsa concepção de que só agora, quando se atingem "ricos e poderosos", os advogados erguem-se para protestar, o que não é verdade."
ALBERTO ZACHARIAS TORON, advogado, diretor do Conselho Federal da OAB (São Paulo, SP)

"Estou indignada com o que ocorre na USP: não há um mínimo de rigor disciplinar para tratar uma minoria de alunos que, sem mandato de ninguém, se autoconsideram representantes dos interesses da universidade e se julgam no direito de depredar prédios, impedir o trabalho da administração, violar documentos confidenciais e ignorar mandados judiciais. O conjunto de reivindicações que apresentam, além de desconexos, sem uma visão dos reais problemas da universidade, já vinham sendo tratados e resolvidos pela reitoria. Aparecem assim como um pretexto, por parte de grupos políticos radicais e minoritários, para conquistar uma notoriedade que suas posições políticas não alcançam."
EUNICE RIBEIRO DURHAM, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (São Paulo, SP)

Corrupção
"A mensagem da leitora Priscila Scatena ("Painel do Leitor", 22/5) é injusta com os nordestinos. A corrupção é universal. Existe em todo o Brasil, existe nos EUA, existe no Japão e também existia na Itália dos antepassados da missivista. Referências à corrupção podem ser encontradas no Código de Hamurabi e nos direitos egípcio e hebreu. No Brasil, escândalos rebentam desde o período colonial. Mesmo que desaparecessem todos os nordestinos do país, como desejam alguns, ainda assim a corrupção prosseguiria contaminando o Brasil."
ROBERTO VIEIRA (Camaragibe, PE)

Foto
"A foto de Eros Alves da Silva (Primeira Página, 22/5), todo voltado para o corpo inerte do filhinho, como que conversando, entre lágrimas, com ele, é comovente versão masculina da Pietà de Michelangelo. Sem palavras! Agradeço à Folha por esta mensagem tão falante em sua triste mudez, neste tempo de freqüente banalização da vida."
WOLFGANG GRUEN (Belo Horizonte, MG)

Radares
"Colocar aviso de que existe radar é extremamente necessário e justo. O objetivo dos radares é forçar os motoristas a reduzirem a velocidade em lugares que sejam perigosos para eles ou para terceiros. O foco deve ser educar e impedir que acidentes aconteçam, e não manter a indústria da multa."
RICARDO FAIRBANKS CACCIAGUERRA (São Paulo, SP)

Álcool
"Finalmente o governo irá restringir os horários da propaganda de álcool na TV. Assim, pelo menos não trocarei mais a torcida por Felipe Massa pela raiva de ver meu filho de cinco anos ficar repetindo inocentemente "ou seja, cerveja!" quando assistimos à Fórmula 1. A proibição da propaganda das 8h às 21h será benéfica, pois a indústria da cerveja não poupa nem crianças. Quem não se lembra da tartaruguinha, personagem feita, lógico, para chamar a atenção da garotada -que, aliás, está começando a beber cada vez mais cedo."
WALTER JOSÉ GALINDO DECKER (Santos, SP)

"Parabenizo o governo federal pelas medidas da nova política do álcool. Como especialista na área da dependência química há quase 30 anos, penso que o governo deva produzir ações destinando recursos para prevenção e tratamento, assim como fazem os governos dos países desenvolvidos. Enquanto não houver a elaboração de políticas públicas fundamentadas em dados científicos, planejadas a partir de elementos que sejam capazes de contemplar a multiplicidade que envolve a questão, o problema persistirá. Combater os problemas associados ao álcool é uma necessidade urgente, e as restrições ao abuso e uso indevido são direções que devem ser seguidas. Mas a restrição da propaganda, por si só, não resolverá a questão. Infelizmente, os investimentos em prevenção ainda são tímidos, e a fiscalização não alcança, como deveria, o cumprimento da lei. Para que isso aconteça, serão necessários, além de vontade política, a aplicação de recursos financeiros suficientes."
ARTHUR GUERRA DE ANDRADE, presidente-executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, professor associado do Departamento de Psiquiatria da FM-USP (São Paulo, SP)

Octavio Frias de Oliveira
"A Folha agradece as manifestações de pesar pela morte de Octavio Frias de Oliveira recebidas de:
Eduardo Graeff, sociólogo e ex-assessor especial da Presidência no governo FHC (São Paulo, SP); Clésio Andrade, presidente da Confederação Nacional do Transporte (Brasília, DF); Charles Tang e família, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (Rio de Janeiro, RJ); Família Whitaker Ribeiro (Barueri, SP); Francisco Foot Hardman, professor da Unicamp (São Paulo, SP); João Lara Mesquita, rádio Eldorado (São Paulo, SP); Geraldo Mesquita Júnior, senador pelo PMDB-AC (Brasília, DF); Jutahy Júnior, deputado federal pelo PSDB-BA (Brasília, DF); Milton Monti, deputado federal pelo PR-SP (Brasília, DF); Francisco Chagas, vereador -PT-SP (São Paulo, SP); Gaudêncio Torquato(São Paulo, SP); João Rodarte, Companhia de Notícias (São Paulo, SP); Olegário Meylan Peres, direção da Cofap Fabricadora de Peças Ltda. (Mauá, SP); Newton Zadra, presidente da Federação de Trabalhadores Cristãos (São Paulo, SP); Mônica Cardoso, assessora de imprensa da De León Comunicações (São Paulo, SP); Felipe Patury (São Paulo, SP); Gilda Figueiredo Ferraz de Andrade (São Paulo, SP); Didiana Prata de Lima Barbosa (São Paulo, SP); Família Don Curro (São Paulo, SP); Grupo W Zarzur (São Paulo, SP).

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