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PAINEL DO LEITOR
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USP
"Parabéns a Laura Capriglione
pela reportagem "25 anos depois,
estudante leva a mãe para a invasão"
(Cotidiano, 23/5).
Pela primeira vez vi uma reportagem completa, que mostra bem o
que está acontecendo na USP."
FABIANO MENEGHELLI (Cidade do México, México)
Navalha
"O quadro "Os políticos na Navalha" contém grave equívoco que
atinge a imagem do governador de
Sergipe, Marcelo Déda, e agrava a
sua honra. Diferente do texto "Investigados citam 3 governadores do
PT", na mesma página da Folha, a
arte exibe a foto do Governador e as
de outros políticos induzindo o leitor a acreditar que todos ali estão
envolvidos com a Operação Navalha, descoberta pela Polícia Federal
(PF). Pior, declara que houve recebimento de "dinheiro do esquema" e
que o governador é suspeito de tê-lo
recebido de seu vice Belivaldo Chagas. A frase tem nítido teor calunioso e afronta a realidade dos fatos e o
relatório da PF, ao qual a Folha informa que teve acesso, além de conflitar-se frontalmente com a reportagem.
É fundamental esclarecer que o
governador não é "suspeito" de nenhuma prática delituosa, não foi indiciado nem está sendo objeto de
investigação. Mesmo nas informações publicadas pela Folha, com base em relatório da PF, não se encontra base para tal ilação: o texto refere-se a diálogos onde o nome do governador é citado por terceiros sem
qualquer referência a práticas delituosas, quanto mais como destinatário de dinheiro de qualquer esquema criminoso.
Se os repórteres apresentassem o
relatório aos leitores, ficariam evidentes as reclamações e as queixas
dos indiciados ouvidos através do
"grampo" da PF. Em vários momentos fica evidente que a reunião que o
conselheiro Flávio Conceição, do
Tribunal de Contas do Estado, pretendia ter, jamais se realizou; que
este conselheiro afirma ter agido
dentro daquela corte para impedir
auditoria que o governador determinara nos contratos da Companhia de Saneamento de Sergipe
(DESO); que o atual governador é
comparado ao anterior e criticado
por não ter "operadores"; que secretários do atual governo são chamados de "incompetentes" e "rodas-presas", verdadeiras "tragédias",
sendo o governo classificado como
"travado". Tudo isso em razão dos
obstáculos e das dificuldades concretas que encontraram para continuar agindo sob a nova gestão.
Marcelo Déda, que foi prefeito de
Aracaju por 5 anos e nunca teve a
Gautama como contratada, jamais
autorizou o vice-governador, ou
qualquer secretário, servidor ou cidadão, a utilizar seu nome para
quaisquer tratativas, conversas ou
negócios envolvendo contratos ou
interesses da administração pública. Se alguém o fez pretendeu exibir
liberdades e intimidades que o Chefe do Executivo não lhe deferiu. Os
negócios do Estado são tratados
dentro das normas legais e sob os
princípios e regras do controle interno."
ELOÍSA GALDINO, secretária de Comunicação (São
Luís, MA)
"O quadro intitulado "Os políticos
na Navalha" (Brasil, pág. A7, 23/5)
trouxe foto do governador Jackson
Lago e a seguinte referência: "Dois
sobrinhos são suspeitos de receber
R$ 240 mil da Gautama por pagamentos de obras no Estado. Diz que
só falará após auditoria".
Não é verdade. O governador tem
recebido, desde domingo, vários
jornalistas que pedem entrevistas.
Na segunda-feira conversou, por
cerca de uma hora, com o jornalista
Kennedy Alencar, da Folha de S. Paulo. Na ocasião, o governador entregou à Folha documentos que
provam não ser verdade a informação, dada pela Polícia Federal, de
que tenha se hospedado "clandestinamente" no Kubitschek Palace
Hotel, em Brasília, e que sua presença só foi detectada graças às câmeras internas. A Folha chegou a
publicar, no dia 21, página A8, uma
seqüência de quatro fotos com as
tais imagens. Infelizmente, a entrevista não foi publicada e a Folha sequer deu a informação de que tinha
documentos provando o registro
formal no hotel e até a conta de despesas, desmontando a absurda afirmação da Polícia Federal."
JOSÉ RAIMUNDO PINHEIRO NETO, chefe da assessoria de comunicação do Estado do Maranhão (São
Luís, MA)
Nota da Redação - Leia na
seção "Erramos".
Navalha
"Na reportagem "Advogados criticam decisões do Judiciário em
ações da PF" (Brasil, 23/5), o ilustre jornalista Frederico Vasconcelos, ao registrar que "membro da
OAB reclama da invasão de escritórios e diz que medidas antes usadas
contra os pobres agora são aplicadas a "outros presos", sepultou a íntegra da fala, dando-lhe, lamentavelmente, sentido repulsivo.
De fato, na linha do que escrevi e
tenho afirmado há mais de dez
anos, disse que "o que já era alvo de
críticas na ação repressiva contra
pretos, pobres e putas agora é ampliado para outro segmento social,
e há quem aplauda isso como a democratização do direito penal". Na
verdade, o que ocorre é o espraiamento da arbitrariedade, o que fomenta um caldo de cultura da violência estatal com o qual não podemos concordar.
Sem a íntegra do pensamento, o
leitor fica com a falsa concepção de
que só agora, quando se atingem "ricos e poderosos", os advogados erguem-se para protestar, o que não é
verdade."
ALBERTO ZACHARIAS TORON, advogado, diretor do
Conselho Federal da OAB (São Paulo, SP)
"Estou indignada com o que
ocorre na USP: não há um mínimo
de rigor disciplinar para tratar uma
minoria de alunos que, sem mandato de ninguém, se autoconsideram
representantes dos interesses da
universidade e se julgam no direito
de depredar prédios, impedir o trabalho da administração, violar documentos confidenciais e ignorar
mandados judiciais.
O conjunto de reivindicações que
apresentam, além de desconexos,
sem uma visão dos reais problemas
da universidade, já vinham sendo
tratados e resolvidos pela reitoria.
Aparecem assim como um pretexto, por parte de grupos políticos radicais e minoritários, para conquistar uma notoriedade que suas posições políticas não alcançam."
EUNICE RIBEIRO DURHAM, professora emérita da
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (São Paulo, SP)
Corrupção
"A mensagem da leitora Priscila
Scatena ("Painel do Leitor", 22/5) é
injusta com os nordestinos. A corrupção é universal. Existe em todo
o Brasil, existe nos EUA, existe no
Japão e também existia na Itália
dos antepassados da missivista.
Referências à corrupção podem
ser encontradas no Código de Hamurabi e nos direitos egípcio e hebreu. No Brasil, escândalos rebentam desde o período colonial.
Mesmo que desaparecessem todos os nordestinos do país, como
desejam alguns, ainda assim a corrupção prosseguiria contaminando
o Brasil."
ROBERTO VIEIRA (Camaragibe, PE)
Foto
"A foto de Eros Alves da Silva
(Primeira Página, 22/5), todo voltado para o corpo inerte do filhinho, como que conversando, entre
lágrimas, com ele, é comovente versão masculina da Pietà de Michelangelo. Sem palavras!
Agradeço à Folha por esta mensagem tão falante em sua triste mudez, neste tempo de freqüente banalização da vida."
WOLFGANG GRUEN (Belo Horizonte, MG)
Radares
"Colocar aviso de que existe radar
é extremamente necessário e justo.
O objetivo dos radares é forçar os
motoristas a reduzirem a velocidade em lugares que sejam perigosos
para eles ou para terceiros. O foco
deve ser educar e impedir que acidentes aconteçam, e não manter a
indústria da multa."
RICARDO FAIRBANKS CACCIAGUERRA (São Paulo,
SP)
Álcool
"Finalmente o governo irá restringir os horários da propaganda
de álcool na TV. Assim, pelo menos
não trocarei mais a torcida por Felipe Massa pela raiva de ver meu filho
de cinco anos ficar repetindo inocentemente "ou seja, cerveja!" quando assistimos à Fórmula 1.
A proibição da propaganda das 8h
às 21h será benéfica, pois a indústria da cerveja não poupa nem
crianças. Quem não se lembra da
tartaruguinha, personagem feita,
lógico, para chamar a atenção da garotada -que, aliás, está começando
a beber cada vez mais cedo."
WALTER JOSÉ GALINDO DECKER (Santos, SP)
"Parabenizo o governo federal
pelas medidas da nova política do
álcool. Como especialista na área da
dependência química há quase 30
anos, penso que o governo deva
produzir ações destinando recursos
para prevenção e tratamento, assim
como fazem os governos dos países
desenvolvidos. Enquanto não houver a elaboração de políticas públicas fundamentadas em dados científicos, planejadas a partir de elementos que sejam capazes de contemplar a multiplicidade que envolve a questão, o problema persistirá.
Combater os problemas associados ao álcool é uma necessidade urgente, e as restrições ao abuso e uso
indevido são direções que devem
ser seguidas. Mas a restrição da propaganda, por si só, não resolverá a
questão. Infelizmente, os investimentos em prevenção ainda são tímidos, e a fiscalização não alcança,
como deveria, o cumprimento da
lei. Para que isso aconteça, serão
necessários, além de vontade política, a aplicação de recursos financeiros suficientes."
ARTHUR GUERRA DE ANDRADE, presidente-executivo do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, professor associado do Departamento de
Psiquiatria da FM-USP (São Paulo, SP)
Octavio Frias de Oliveira
"A Folha agradece as manifestações de pesar pela morte de Octavio
Frias de Oliveira recebidas de:
Eduardo Graeff, sociólogo e ex-assessor especial da Presidência no
governo FHC (São Paulo, SP); Clésio Andrade, presidente da Confederação Nacional do Transporte
(Brasília, DF); Charles Tang e família, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China
(Rio de Janeiro, RJ); Família Whitaker Ribeiro (Barueri, SP); Francisco Foot Hardman, professor da
Unicamp (São Paulo, SP); João Lara Mesquita, rádio Eldorado (São
Paulo, SP); Geraldo Mesquita Júnior, senador pelo PMDB-AC (Brasília, DF); Jutahy Júnior, deputado federal pelo PSDB-BA (Brasília,
DF); Milton Monti, deputado federal pelo PR-SP (Brasília, DF);
Francisco Chagas, vereador -PT-SP (São Paulo, SP); Gaudêncio
Torquato(São Paulo, SP); João
Rodarte, Companhia de Notícias
(São Paulo, SP); Olegário Meylan
Peres, direção da Cofap Fabricadora de Peças Ltda. (Mauá, SP); Newton Zadra, presidente da Federação de Trabalhadores Cristãos (São
Paulo, SP); Mônica Cardoso, assessora de imprensa da De León
Comunicações (São Paulo, SP); Felipe Patury (São Paulo, SP); Gilda
Figueiredo Ferraz de Andrade
(São Paulo, SP); Didiana Prata de
Lima Barbosa (São Paulo, SP); Família Don Curro (São Paulo, SP);
Grupo W Zarzur (São Paulo, SP).
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