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Supremo na internet
O SUPREMO Tribunal Federal (STF) finalmente deu
o primeiro passo para a
informatização dos processos judiciais ao lançar, na semana passada, o e-STF, que por ora funciona em caráter experimental.
A medida deverá proporcionar
maior agilidade ao Judiciário.
Hoje um processo em papel, depois de protocolado, pode levar
meses para chegar às mãos de
um ministro da corte. Com a informatização, a distribuição será
imediata. Multiplique-se essa
instantaneidade pelos vários
atos processuais (juntada de petições, despachos, intimações) e
se começam a vislumbrar os ganhos potenciais do novo sistema.
Por ora o e-STF é bastante restrito. Serve apenas para recursos
extraordinários (contestação de
decisão de outros tribunais que
supostamente ferem a Constituição) que se dêem entre o Supremo e o Tribunal Superior do
Trabalho (TST), os Tribunais de
Justiça dos Estados de Sergipe e
Espírito Santo e o Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1). Estão de fora 92 cortes.
É preciso, portanto, torcer para que a experiência dê certo e se
dissemine o quanto antes para
outras classes de ações e para o
conjunto do Judiciário.
É estranha a veemência com
que a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) ataca a iniciativa. É
positivo que a Ordem atue como
contrapeso e faça reparos, visando a tornar o sistema menos suscetível a fraudes, à regulamentação proposta pelo STF. Mas parece exagerada a tentativa de
bloquear a inovação por meio de
sucessivas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins).
A internet é uma ferramenta
que veio para ficar. Já é possível
realizar através dela transações
bancárias, comerciais, declarar o
Imposto de Renda e até votar.
Tudo isso com relativa segurança. Não há nenhuma razão para
que não se possa também utilizá-la para agilizar a Justiça.
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