São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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Editoriais

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À espera da TV

Não surpreende que os dois principais candidatos à Presidência da República mantenham-se empatados na primeira pesquisa de intenção de voto do Datafolha após a oficialização das candidaturas. Nenhum fato significativo aconteceu para que se pudesse alterar o panorama da disputa.
Questões que ocuparam espaço na imprensa, como as insinuações do deputado Indio da Costa, vice da chapa de José Serra, sobre as relações do PT com as Farc e o narcotráfico estão longe de entusiasmar o eleitor.
Da mesma forma, por mais que possam ser graves, as revelações sobre vazamento de dados sigilosos do tucano Eduardo Jorge, com vistas à confecção de um dossiê por "aloprados" petistas, tampouco inscrevem-se no topo da lista de prioridades da população.
Andando para lá e para cá, distribuindo sorrisos e declarações insossas, Serra e Dilma trocaram, é verdade, algumas farpas, mas nada aconteceu que se assemelhasse a um debate, no qual pudessem expor suas virtudes e deixar transparecer seus defeitos.
Quando se observam os dados em mais detalhes, as vantagens e desvantagens de cada um parecem se anular mutuamente. Assim, Serra perde terreno entre as mulheres, enquanto Dilma Rousseff oscila negativamente no Nordeste; a petista vai bem na Bahia, Pernambuco e Distrito Federal, mas seu adversário mantém vantagem em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Salvo algum acontecimento inesperado, tudo indica que os dois entrarão empatados na fase decisiva da campanha, a partir de 17 agosto, quando terá início o horário eleitoral na TV -que, como mostra a pesquisa, é o meio mais utilizado pelos eleitores para buscar informações.


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