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Editoriais
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À espera da TV
Não surpreende que os dois
principais candidatos à Presidência da República mantenham-se
empatados na primeira pesquisa
de intenção de voto do Datafolha
após a oficialização das candidaturas. Nenhum fato significativo
aconteceu para que se pudesse alterar o panorama da disputa.
Questões que ocuparam espaço
na imprensa, como as insinuações
do deputado Indio da Costa, vice
da chapa de José Serra, sobre as
relações do PT com as Farc e o narcotráfico estão longe de entusiasmar o eleitor.
Da mesma forma, por mais que
possam ser graves, as revelações
sobre vazamento de dados sigilosos do tucano Eduardo Jorge, com
vistas à confecção de um dossiê
por "aloprados" petistas, tampouco inscrevem-se no topo da lista
de prioridades da população.
Andando para lá e para cá, distribuindo sorrisos e declarações
insossas, Serra e Dilma trocaram,
é verdade, algumas farpas, mas
nada aconteceu que se assemelhasse a um debate, no qual pudessem expor suas virtudes e deixar transparecer seus defeitos.
Quando se observam os dados
em mais detalhes, as vantagens e
desvantagens de cada um parecem se anular mutuamente. Assim, Serra perde terreno entre as
mulheres, enquanto Dilma Rousseff oscila negativamente no Nordeste; a petista vai bem na Bahia,
Pernambuco e Distrito Federal,
mas seu adversário mantém vantagem em São Paulo, Paraná e Rio
Grande do Sul.
Salvo algum acontecimento
inesperado, tudo indica que os
dois entrarão empatados na fase
decisiva da campanha, a partir de
17 agosto, quando terá início o horário eleitoral na TV -que, como
mostra a pesquisa, é o meio mais
utilizado pelos eleitores para buscar informações.
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