|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Operação Furacão
"Vejo, assim como o povo brasileiro, esse vergonhoso episódio da
Operação Furacão, no qual o Conselho Nacional de Justiça, que tem
por dever constitucional controlar
o cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, fica de braços cruzados, perdendo uma grande oportunidade de expurgar o lado podre do
nosso Judiciário.
Não creio que manifestações como a do ministro do STJ Gilson
Dipp -de que "acabou a era do juiz
intocável'- ou a do presidente da
Câmara, Arlindo Chinaglia, sobre o
questionamento do foro privilegiado, expressem verdadeiramente alguma atitude em favor dessa necessária limpeza da Casa. E acho vergonhosa, pela modéstia, a opinião do
presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, que defende
que os juízes envolvidos no caso peçam afastamento.
Creio que devamos apoiar medidas como a do deputado Sandro
Mabel -de criar o Código de Defesa
dos Direitos do Contribuinte- e a
da OAB de Rondônia, convocando a
sociedade a se manifestar contra a
impunidade."
PAULO CÉSAR GODOY (São Pedro, SP)
"A respeito da ilação inserida na
reportagem "Polícia investiga a relação de outros três juízes com a
máfia" (Brasil, pág. A8, 21/4), nestes termos -"percebe-se, no entanto, pela transcrição de um diálogo
entre os dois, que Guedes tinha pleno conhecimento da intenção de
Dória'-, afirma o signatário, à guisa de esclarecimento, que a sua única intenção foi centralizada no exato sentido da direção legal do processo, com a aplicação da lei e o seu
adequado alcance, na respectiva
prestação jurisdicional, a qual, posteriormente, foi chancelada pelo
egrégio Superior Tribunal de Justiça (medida cautelar nº 12.145/RJ
proc. 2006/0234749-0), em decisão de 24/10/2006, sendo relator o
ministro Carlos Alberto Direito, tudo contrastando com a anódina
pretensão de Dória, cujo inconformismo decorrente de maneira acrimoniosa e canhestra, direcionada
ao então terceiro vice-presidente
do Tribunal de Justiça, evidenciam
a reprovável conduta daquele magistrado."
CELSO GUEDES, desembargador, segundo vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)
"É com vergonha e tristeza que,
como magistrado, acompanho as
operações policiais que já resultaram na prisão e na soltura de juízes
federais envolvidos em escândalos
de recebimento de propina para a
venda de sentenças.
O Judiciário é um poder desarmado, e a honestidade, a credibilidade e a imparcialidade são as únicas ferramentas que legitimam a
atuação de um juiz. E é por isso que
se impõe, neste grave momento,
que as entidades representativas da
classe se conscientizem de que não
há o menor espaço para o chamado
espírito de corpo, impondo-se resguardo aos acusados de todas as garantias constitucionais de defesa,
mas, concluída pela culpa, aplicação enérgica e diferenciada da punição, pronta e imediata, expurgando-se da magistratura aqueles que
não honraram a função e macularam a atuação da grande maioria
que honesta é."
CARLOS EDUARDO RICHINITTI, juiz de direito
(Porto Alegre, RS)
Brasil
"Como pode a população de um
país permitir que um juiz federal
com salário de R$ 14 mil líquidos receba mais R$ 26 mil como aposentadoria pelo tempo em que foi juiz
estadual enquanto a maioria dos
aposentados ganha um salário mínimo por mês? Como pode a população de um país tolerar que um governador de um Estado conceda
aposentadoria, vitalícia e mensal,
no valor de R$ 11 mil a uma ex-vice-governadora só porque ela exerceu
o cargo do titular, durante ausência
deste, por 40 dias?
Os casos acima, relatados pela
Folha nesta semana, envolvendo,
respectivamente, o juiz federal Manoel Álvares, suspeito de ter vendido uma decisão judicial por R$ 300
mil, e a ex-vice-governadora de Mato Grosso, Iraci França (PR), favorecida por uma decisão tomada pelo atual governador, Blairo Maggi
(PR), são uma afronta aos cidadãos
que sonham e batalham por uma
nação mais justa e menos corrupta.
Triste é saber que a maioria do
povo brasileiro não faz nada. Assiste a tudo isso calado."
FABRÍCIO MARIANO ZAGO AZAMBUJA (Brasília, DF)
Ieltsin
"A imprensa, de uma maneira geral, tem dito que Boris Ieltsin foi o
mentor da democracia na Rússia.
Isso é uma tremenda injustiça, pois
quem teve a coragem de enfrentar o
sistema vigente foi o então secretário-geral da extinta URSS, Mikhail
Gorbachov, que, por meio da chamada "Glasnost", iniciou a derrocada do sistema e a transição para a
democracia."
SILVIO GALVÃO NETO (São Paulo, SP)
"Acerca do artigo "O dilema da
nação" ("Tendências/Debates", pág.
A3, 25/4), fica mais uma vez evidente o grande enigma da esfinge de Gizé: "Decifra-me ou devoro-te".
Definitivo, irretocável e irrespondível. Parabéns mais uma vez à Folha e ao feliz autor."
JOSÉ R. A. DE SANT'ANNA, advogado, professor da
Faculdade de Direito da UFBA, segundo diretor-secretário da Anaad -Associação Nacional dos
Advogados Afrodescendentes- e conselheiro da
OAB/BA (Salvador, BA)
Proposta indecorosa
"É realmente indecorosa e nefasta essa proposta de controle da imprensa no momento eleitoral. Só
poderia mesmo ter partido de Ricardo Berzoini!
Que os legisladores da reforma
política tenham um mínimo de responsabilidade para impedir que essa proposta absurda para a nação
brasileira venha se concretizar.
Se, apesar da imprensa livre, na
eleição de 2006 consta que o governo usou e abusou da orgia de abocanhar votos usando a máquina administrativa, então com a imprensa
controlada não haverá governante
que venha a sofrer derrota em qualquer eleição.
A sociedade brasileira precisa
reagir vigorosamente."
CECÍLIA MORICOCHI MORATO (Franca, SP)
Ação de longo prazo
"É incrível como o senhor Mangabeira Unger, doutor e um dos
grandes intelectuais do Brasil, possa mudar de idéia tão rapidamente
a respeito do que disse aos quatro
cantos -que era a favor do impedimento do presidente. "
CLEUSA GUERREIRO HUGUENEY (Uberlândia, MG)
Pulseiras eletrônicas
"É grande o número de presos
que, no regime semi-aberto, durante as saídas temporárias ou em liberdade condicional, reincidem no
crime.
Monitorá-los por meio de pulseiras eletrônicas, nessas circunstâncias, não poderá marcá-los mais do
que eles marcaram a si próprios."
JAYRO EDUARDO XAVIER (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Claudio Fonteles: Audiência pública sobre o início da vida
Próximo Texto: Erramos Índice
|