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FERNANDO RODRIGUES
Semana vital para Ciro e Serra
BRASÍLIA - Esta semana é vital para Ciro Gomes (PPS) e José Serra
(PSDB). Até sexta-feira já terá ocorrido o efeito de decantação inicial das
propagandas eleitorais na cabeça do
eleitor. As pesquisas do próximo final
de semana já deverão registrar o ânimo daqueles que decidirão a parada
em 6 de outubro.
A avaliação mais ou menos geral é
que os ataques desferidos por Serra
em Ciro terão algum efeito. Também
há um consenso, inclusive entre ciristas, de que o candidato do PPS possa
perder alguns pontos. E que Serra
possa apresentar alguma reação.
O consenso termina por aí.
Para o pessoal do PSDB que ainda
continua com José Serra, a expectativa é a de que haverá alta significativa
de seu candidato, com correspondente queda de Ciro. Falam em coisa de
quatro pontos para cá e outro tanto
equivalente para lá.
No comando de Ciro Gomes, a versão é a de que as pesquisas qualitativas mostram, sim, algum tipo de desidratação da campanha do PPS.
Mas que essa eventual perda não estaria indo diretamente para Serra. O
tucano ganharia menos do que estaria sendo subtraído de Ciro.
Do ponto de vista prático, é notório
que José Serra continua praticamente sem apoios importantes e verdadeiros nos Estados. E Ciro Gomes segue incorporando aliados aos baldes.
Esse detalhe pode fazer toda a diferença na reta final. Se vingar o cenário mais desejado pelo PT (Ciro e Serra decidindo no olho mecânico, atacando-se mutuamente até o último
minuto), quem tem mais suporte político no Estados levará vantagem sobre o adversário.
A única chance de Serra reverter essa situação seria uma retomada vigorosa do crescimento nas pesquisas
de opinião. Algo como estar próximo
de um empate técnico com Ciro nos
próximos dez dias.
Nem o mais otimista dos tucanos
aposta nessa hipótese.
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