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ALIVIAR CONGONHAS
Não é de hoje que se afirma que
o aeroporto de Congonhas,
em São Paulo, está saturado. Trata-se
do aeródromo mais movimentado
do país. Segundo a Infraero, entre janeiro e fevereiro deste ano, Congonhas registrou a movimentação de
37.610 aeronaves (pouso mais decolagem), o que representa pouco mais
de 10% do tráfego aéreo civil brasileiro. Em segundo lugar vem Guarulhos, com 26.292 operações.
A predileção dos passageiros se explica. A imensa maioria prefere embarcar num aeroporto encravado no
meio da cidade, que dista poucos
quilômetros das regiões mais nobres, a ter de enfrentar os mais de 25
km, parte dos quais na sempre imprevisível marginal do Tietê, para
chegar a Cumbica.
Só que, quando muitos disputam o
mesmo espaço, torna-se necessário
definir critérios para estabelecer uma
organização racional. É nesse contexto -e na esteira do incidente com
um vôo da BRA, na semana passada,
no qual a aeronave derrapou devido
ao fenômeno da aquaplanagem-
que a Infraero agora fala em reformar a pista para melhorar o sistema
de drenagem e cogita de reduzir o
número de vôos diários no aeroporto
de 600 para 400.
Se a pista pode ser melhorada, é
importante fazê-lo o quanto antes.
Quanto à superlotação, embora não
haja indícios de que esteja comprometendo a segurança, também ela
precisa ser equacionada. O número
de passageiros só tende a aumentar
com o tempo e é preciso oferecer soluções congruentes para o problema.
O mais lógico é que se reserve Congonhas para os vôos de menor duração. Já quem viaja para lugares mais
distantes deve conformar-se em partir de Guarulhos.
O rearranjo não isenta as autoridades de dar início o quanto antes à
construção de um sistema rápido e
eficiente de transporte que ligue
áreas no centro da cidade a Cumbica.
Se houvesse um trem ou o metrô, seriam bem menores as resistências
um usar esse aeroporto.
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