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Sanha tributária
A CARGA tributária brasileira cresce ininterruptamente. Em 2003, 36,98%
do rendimento bruto do cidadão
foi destinado ao pagamento de
impostos; esse índice vem subindo ano a ano, chegando a 39,72 %
em 2006. Em 2007, poderá atingir a marca dos 40%.
Para honrar seus compromissos fiscais, os brasileiros trabalham, em média, inacreditáveis
146 dias no ano. Ou seja, todo
rendimento obtido entre 1º de
janeiro e o dia de ontem foi repassado ao Estado (União, Estados e municípios). O Brasil encontra-se muito acima do que se
exige em outros países para ajustar as contas com o fisco. Os contribuintes americanos trabalham 102 dias; os argentinos, 97
dias; os chilenos, 92 dias, para citar apenas três exemplos.
Além de escorchante, a carga
tributária é incompatível com o
nível de renda do país e com a
qualidade dos serviços prestados. E a reforma tributária em
discussão tem se revelado extremamente tímida. É bem-vindo
por isso o movimento de entidades da sociedade civil para elaborar uma nova proposta. Ainda
mais porque o governo só se
mostra disposto a desonerações
pontuais para poucos setores.
O crescimento econômico facilita a necessária queda da carga
tributária e a expansão dos investimentos em infra-estrutura,
desde que o governo se disponha
a reduzir seus gastos correntes.
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