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CRESCIMENTO PÍFIO
Segundo o IBGE, a economia
brasileira desacelerou a partir
do primeiro trimestre de 2001 e está
praticamente estagnada. A taxa de
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de apenas 1,5% em 2002.
Resultado ligeiramente acima do do
ano anterior (1,4%). Como a estimativa de crescimento populacional para o período é de 1,3%, o PIB per capita expandiu-se mero 0,2%.
A pequena expansão foi liderada
pelo setor agropecuário e pela indústria extrativa mineral, que aproveitam a desvalorização da moeda nacional para ampliar as exportações.
Realmente, as exportações foram o
único componente da demanda que
apresentou crescimento relevante,
7,7%. O consumo das famílias, os
gastos em investimento e as importações tiveram quedas expressivas.
Com a divulgação desses dados,
pode-se começar a avaliação do período governado por FHC. Os resultados não são promissores. A economia brasileira apresentou uma expansão média anual de 2,3% entre
1995 e 2002. Já o PIB per capita teve
crescimento médio de 0,9% no período. Se forem considerados apenas
os anos após a desvalorização cambial e a adoção do câmbio flutuante,
os resultados são mais desfavoráveis.
A taxa de crescimento média ficou
em 1,63%; e a do PIB per capita, em
0,3%. Portanto foi pior do que a chamada "década perdida". Entre 1981 e
1990, a economia cresceu 1,66%.
Esses dados parecem demonstrar
que a estratégia de aprofundamento
da inserção comercial e financeira do
país nos mercados globais malogrou. A fuga dos investidores estrangeiros, diante de um aumento da
aversão ao risco, impôs forte ajuste
nas contas externas. A economia teve
de ser contida, e a moeda desvalorizada para gerar saldos comerciais.
É preciso articular outra estratégia,
na qual as agências públicas de financiamento estimulem os investimentos nos setores exportadores (alguns operando próximos da capacidade produtiva) e na substituição de
importações. Essa política precisa
ser deslanchada rapidamente, para
reduzir a dependência externa.
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