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RECUPERAÇÃO EUROPÉIA
Após o PIB registrar queda de
0,1% nos 15 países da União
Européia e de 0,2% nos 12 países da
zona do euro (que exclui Reino Unido, Suécia e Finlândia) durante o
quarto trimestre de 2001, há sinais de
uma modesta recuperação. Estima-se que a renda dos países europeus
crescerá 1% no primeiro trimestre e
2% entre abril e junho de 2002.
Na Alemanha, maior economia européia, o PIB aumentou 0,2% no primeiro trimestre. Foi o primeiro resultado positivo em um ano. As exportações lideraram o crescimento.
Na França, o aumento foi de 0,6%,
impulsionado pelo consumo. Já a
economia britânica ficou estagnada.
As exportações alemãs e o consumo francês foram estímulos importantes, mas parecem insuficientes
para permitir a continuidade do crescimento das economias européias. A
produção industrial vem apresentando sinais negativos desde setembro
de 2001. A taxa de investimentos declinou em todo o ano passado, tendência que ainda não foi invertida.
A boa notícia é que o tímido crescimento está sendo acompanhado por
um arrefecimento nas taxas de inflação. Há expectativas de que o índice
de preços oficial da zona do euro vá
convergir em maio para a meta de
2%, definida pelo Banco Central Europeu (BCE).
O fraco desempenho econômico e
a ausência de pressões inflacionárias
sinalizam que o BCE deverá manter a
taxa de juros em 3,25% ao ano nos
próximos meses.
Esses são fatos relativamente alvissareiros para a economia do Brasil.
De um lado, a retomada européia pode estimular as exportações brasileiras. A União Européia foi o maior
parceiro comercial do Brasil em
2001, tendo importado US$ 14,8 bilhões. De outro lado, a manutenção
da taxa de juros em patamares baixos
nos principais mercados financeiros
globais pode reduzir a aversão ao risco e, assim, as taxas de juros nas captações dos países emergentes. Isso
pode facilitar o financiamento do desequilíbrio externo brasileiro.
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