São Paulo, Segunda-feira, 28 de Junho de 1999
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A IMAGEM DE FHC




Brindeiro
"Saúde, no governo FHC, é apenas uma palavra pronunciada nos brindes erguidos pelo anfitrião nos regabofes do Alvorada. Já o outro Brindeiro, o voador, brinda à longa permanência como procurador-geral da República, onde, segundo senadores, "o arquivador-geral engavetou processos como os da compra de votos para a reeleição de FHC e o da pasta rosa de ACM". E mais brindará Brindeiro se escapar do processo a que é submetido por improbidade. Tão Brasil..."
Hugo Maia (São Paulo, SP)

Ossadas no candomblé
"Com relação ao triste acontecimento relativo às ossadas humanas encontradas em Cuiabá (MT), em casa do sr. José Augusto dos Santos, nossa Comissão tem a declarar que: não faz parte de ritual sagrado algum, de nenhuma religião afro-descendente praticada no Brasil, o sacrifício de seres humanos.
Nos nossos rituais e práticas sagradas não enterramos ou utilizamos ossos ou qualquer parte do corpo humano, tenham vindo seja de onde for. Discordamos da abordagem dada pela mídia, ao vincular ao candomblé os prováveis crimes praticados pelo sr. José Augusto dos Santos, uma vez que ele mesmo declarou: "Meus trabalhos nada têm a ver com candomblé. É um lado negro, um outro lado" (Folha, 23/6)."
Iyá Sandra Medeiros Epega, coordenadora da Comissão de Assuntos Religiosos Afro Descendentes junto ao Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

A ciência e o Nordeste
"Transformou-se em preconceituosa polêmica uma realidade que é por demais importante e urge ser corrigida. Mais de 70% da produção científica do país é realizada nos centros de pesquisa do Sudeste porque aí se encontram em maior número e qualidade institutos, universidades e principalmente orientadores e líderes.
As vagas de pós-graduação e as bolsas do CNPq seguem a mesma regra. O que o MCT precisa fazer é criar condições para que novas lideranças e novos centros sejam instalados no Norte e no Nordeste por meio de programas para centros emergentes. O exemplo da física pernambucana mostra que, se há investimento no Nordeste, os resultados são competitivos e compensadores."
Silverio Crestana, coordenador do livro "Centros e Museus de Ciência" (São Paulo, SP)

O futebol e São Paulo
"Enquanto os demais Estados brasileiros festejavam seus campeonatos regionais, o atacante Paulo Nunes desmerecia a equipe do Corinthians por ter ficado apenas com o "Paulistinha".
Será que, sob a tutela de Luiz Felipe Scolari, "profissionais" como ele tachariam o campeonato gaúcho de "gauchinho" dentro da cidade de Porto Alegre? Os paulistanos estão desprovidos de auto-estima."
João Faria (São Paulo, SP)

Proibição de armas
"O chefe de família que dispõe de arma legal para tornar eficaz o direito de defender seu lar e a vida dos seus vai ser atingido pelo projeto de lei que proíbe a posse de armas. Ele ficará impedido de adquirir arma legal, enquanto proliferarão ainda mais os serviços de proteção, por parte de seguranças, armados legal ou ilegalmente, e o serviço ativo e lucrativo do mercado negro.
E os cidadãos que precisam de arma de defesa indeclinavelmente? O agricultor de regiões ermas, sem telefone, que precisa de tempo até a chegada da polícia? O morador que tem seu quintal invadido por meliantes perigosos animados por drogas.
Proibir o comércio de armas é uma mera cortina de fumaça, a encobrir as mazelas provocadas pela ausência de uma política de segurança pública responsável e eficaz. O desarmamento do honesto chefe de família somente interessa aos criminosos, únicos beneficiados por esse projeto ilegítimo e inconstitucional."
Carlos Dias, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

Banco do Brasil
Lamentamos que o leitor Jairo Dias de Almeida não tenha sido orientado adequadamente sobre comércio exterior nas agências do Banco do Brasil contactadas ("Painel do Leitor", 21/6).
Além de já ter informado o sr. Jairo sobre as possibilidades oferecidas para empresas interessadas em ampliar as vendas ou ingressar no mercado internacional, o Banco do Brasil aproveita a oportunidade para esclarecer que, por se tratar de serviço especializado, não é possível oferecê-lo em todos os pontos de atendimento do Banco do Brasil. No Estado de São Paulo, há 68 agências aptas a operar com o comércio exterior, além da Sala de Negócios Internacionais, localizada no prédio da Fiesp.
Colocamos à disposição, para outras informações, o telefone (011) 3066-9695 ou o fax (011) 3066-9133.
Renato Luiz Belinetti Naegele, Unidade Estratégia, Marketing e Comunicação Empresarial (Brasília, DF)

Menos dor
"Em 1996 fui submetido a uma cirurgia cardíaca. Tudo ia muito bem, até que no pós-operatório houve a "quebra" do esterno. Em vez de sair do hospital após 10 dias, acabei ficando 47 dias, sofrendo seis cirurgias. Passei a ter dores musculares insuportáveis.
Em 8 de julho de 1997 a Folha publicou reportagem de Aureliano Biancarelli sob o título "Doentes brasileiros sentem mais dor". Por ela tomei conhecimento da existência do "Grupo da Dor" do HC. Foi uma luta, mas consegui ser atendido. Submeti-me a 33 sessões de eletroacupuntura e tive redução sensível das dores.
O repórter foi o responsável pela redução das minhas dores. Agradeço de coração (apesar de safenado). Quero parabenizá-lo pelo conteúdo da reportagem de 30/5 último, por lembrar que nem sempre os médicos dizem claramente que mesmo após cirurgia os cardíacos continuam doentes."
Luiz Michelazzo (Amparo, SP)

Críticos
"Tenho lido a opinião de alguns leitores que criticam injustamente articulistas da Folha, do porte de ninguém mais, ninguém menos que Cony, Janio de Freitas e Clóvis Rossi, porque eles só falam a verdade sobre o ex-sociólogo, o mal que está causando à nação com seu governo voltado apenas para os que têm muito. É certo que vamos sofrer na pele, nós, os deserdados, as consequências desse governo."
Washington C. Mattos (Cuiabá, MT)

Estradas privatizadas
"Respondendo às questões levantadas pelo leitor Antônio Carlos de Souza ("Painel do Leitor", 20/6), as atividades das concessionárias de rodovias são regulamentadas por contrato assinado com o governo do Estado de São Paulo.
A fiscalização das concessionárias é feita pela Secretaria dos Transportes, pela Comissão de Concessões, que recebe mensalmente as informações sobre o desempenho econômico-financeiro das concessionárias, acompanha e supervisiona os investimentos e serviços prestados ao usuário e realiza pesquisas de opinião. A qualidade dos serviços prestados de cada uma das concessionárias é fiscalizada também por uma Comissão de Acompanhamento e Fiscalização, formada por representantes do Executivo, do Legislativo e dos usuários.
As concessões são feitas por licitação. Ganha a concorrência quem oferece o maior valor pela concessão, num processo aberto ao público."
Moacyr S. Duarte, diretor presidente da ABCR -Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (São Paulo, SP)

Tolerância
"FHC nos brindou com mais uma pérola do seu jocoso acervo: "Minha tolerância chegou ao limite". E a nossa, presidente?"
Mauro Guimarães Passos (Florianópolis, SC)


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