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CLÓVIS ROSSI
Palpites, apenas palpites
SÃO PAULO - Quando começou a
se armar o cenário de empate técnico para o segundo turno paulistano,
entre Marta Suplicy e Gilberto Kassab ou Geraldo Alckmin, meu primeiro palpite foi no sentido de que
Marta acabaria ganhando.
Ganharia porque Lula lhe daria o
empurrão decisivo, agora que, pela
primeira vez, sua aprovação (em
São Paulo) supera a rejeição.
Aí, um amigo (petista, candidato
e da ala sadia do partido, que ainda
existe) me advertiu em papo informal (razão pela qual omito o nome):
no segundo turno, o nome do jogo
seria Marta, não Lula. Ou seja, o resultado dependerá de a candidata
do PT vencer a rejeição a ela, independentemente do apoio que Lula
vier a dar.
Não me convenceu de todo, mas é
um palpite a levar em conta.
Depois dessa conversa, pegou fogo o tiroteio de Geraldo Alckmin
contra Gilberto Kassab, com algumas salvas disparadas por figuras
menores da campanha do prefeito
contra o ex-governador. Até agora,
os incidentes verbais não mudaram
a intenção de voto para o segundo
turno: continua a haver empate técnico entre Marta e qualquer que seja o seu adversário do campo demo-tucano.
Mas é sempre possível que, quando começar o segundo turno de verdade, não o simulado nas pesquisas,
1 + 1 seja igual a menos de 2. Ou seja,
é possível que não se dê a soma perfeita de votos de Kassab e Alckmin
em favor do que passar para a disputa final.
É verdade que os caciques de ambos os lados, consultados, juram
que o importante é derrotar Marta
e, portanto, apoiarão quem tiver
que enfrentá-la. Mas, no eleitorado
"alckmista", já tem gente dizendo
que prefere anular o voto a votar em
Kassab. Como não há ainda "kassabismo", mas apenas "serrismo" por
interposta pessoa ou um tucanato
do B, não sei se a recíproca também
se dá.
Mas ficou duro dar palpite.
crossi@uol.com.br
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