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VALDO CRUZ
Também quero!
BRASÍLIA - Os servidores públicos tiveram uma bela derrota no
Supremo Tribunal Federal, que
tende a pôr fim na farra das greves
sem limites. Digo bela pensando no
interesse do cidadão. Aquele que é o
verdadeiro patrão dessa turma e
sempre acaba pagando o pato a cada
paralisação.
Até aqui, pela omissão do Congresso e dos últimos governos, inclusive o atual, greve no serviço público é igual a licença remunerada.
Com direito a xingar mãe de ministro na porta de ministério.
Antes de prosseguir, gostaria de
testemunhar que conheço muito
funcionário público competente,
que trabalha mais do que gente no
setor privado. Só que é confundido
com um grupo que só quer privilégios e nenhum ônus.
Hoje, por exemplo, o maior desejo do funcionalismo é que o governo
dê à categoria o direito de ter uma
negociação coletiva, como orienta
resolução da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Só que esse "direito" não faz o
menor sentido num governo com
tantas carreiras diferentes e com
níveis opostos de avaliação.
Não é possível tratar desiguais de
forma igual. Seria dar carona ao incompetente no bom desempenho
do técnico de ponta, aquele que, por
merecimento, deve ser premiado. O
pior é que essa é a intenção de muita gente.
É hora de dar um verdadeiro
"choque de gestão" no funcionalismo, não o de Lula, mas um que fixe
critérios de promoção mais parecidos com os do setor privado. Coisa
que causa ojeriza nos líderes dos
servidores, que costumam decidir
greves arrastando aposentados para assembléias. Pode?
Taí um belo teste para o governo
Lula, repleto de sindicalistas em
postos-chaves. Como enfrentar sua
base histórica ao tratar do direito
de greve? A conferir.
Por falar em funcionalismo, tem
servidor que aderiu a plano de demissão voluntária, veja bem, voluntária, e está pedindo reintegração
ao cargo. Socorro.
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