São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007

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VALDO CRUZ

Também quero!

BRASÍLIA - Os servidores públicos tiveram uma bela derrota no Supremo Tribunal Federal, que tende a pôr fim na farra das greves sem limites. Digo bela pensando no interesse do cidadão. Aquele que é o verdadeiro patrão dessa turma e sempre acaba pagando o pato a cada paralisação.
Até aqui, pela omissão do Congresso e dos últimos governos, inclusive o atual, greve no serviço público é igual a licença remunerada. Com direito a xingar mãe de ministro na porta de ministério.
Antes de prosseguir, gostaria de testemunhar que conheço muito funcionário público competente, que trabalha mais do que gente no setor privado. Só que é confundido com um grupo que só quer privilégios e nenhum ônus.
Hoje, por exemplo, o maior desejo do funcionalismo é que o governo dê à categoria o direito de ter uma negociação coletiva, como orienta resolução da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Só que esse "direito" não faz o menor sentido num governo com tantas carreiras diferentes e com níveis opostos de avaliação.
Não é possível tratar desiguais de forma igual. Seria dar carona ao incompetente no bom desempenho do técnico de ponta, aquele que, por merecimento, deve ser premiado. O pior é que essa é a intenção de muita gente.
É hora de dar um verdadeiro "choque de gestão" no funcionalismo, não o de Lula, mas um que fixe critérios de promoção mais parecidos com os do setor privado. Coisa que causa ojeriza nos líderes dos servidores, que costumam decidir greves arrastando aposentados para assembléias. Pode?
Taí um belo teste para o governo Lula, repleto de sindicalistas em postos-chaves. Como enfrentar sua base histórica ao tratar do direito de greve? A conferir.



Por falar em funcionalismo, tem servidor que aderiu a plano de demissão voluntária, veja bem, voluntária, e está pedindo reintegração ao cargo. Socorro.

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