|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Editoriais
editoriais@uol.com.br
Bilhete metropolitano
O
PERÍODO pós-eleitoral é
uma ótima oportunidade
para os prefeitos eleitos
planejarem políticas comuns e
complementares. É o que acontece agora com os futuros governantes de São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá (no ABC)
e Guarulhos (Grande SP), que se
propõem a avançar, até o final de
suas próximas administrações,
na integração do transporte público da região metropolitana de
São Paulo.
O jornal "Agora" noticiou ontem que os prefeitos dessas cidades (três do PT e um do PTB),
além do prefeito de Osasco (do
PT), reconduzido ao cargo, estão
dispostos a criar um bilhete único metropolitano integrando as
cidades à capital -o que poderia
ser feito com o mesmo sistema
adotado em São Paulo. O prefeito
reeleito Gilberto Kassab (DEM)
já se mostra solidário à iniciativa.
É essencial superar as rivalidades políticas para o sucesso da
empreitada. Cada cidade pratica
um preço em seu sistema de
transporte público. Fazer a harmonização de tarifas e contratos
é uma tarefa demorada e difícil,
que exige determinação.
Nesse sentido, o concurso do
governo estadual é crucial. A implantação do bilhete único na cidade São Paulo, ainda que bem-sucedida, não foi feita sem superação de dificuldades técnicas e
administrativas para a integração dos sistemas municipal (ônibus) e estadual (Metrô e CPTM).
Mas são inegáveis os benefícios
que a unificação proporcionou,
inclusive com o aumento na utilização do transporte público.
A iniciativa do prefeito Kassab
de investir no Metrô paulistano
-que é administrado pelo governo estadual- já foi um passo importante para a ação intergovernamental, que deve ser realizada
no âmbito do Plano Integrado de
Transportes Urbanos (Pitu).
O governador e os novos prefeitos podem agora avançar na
solução sistêmica, atraindo de
preferência investimentos privados para acelerar a integração.
Texto Anterior: Editoriais: Pausa nos juros Próximo Texto: São Paulo - Clóvis Rossi: A Volks e o cassino Índice
|