São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2008

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Editoriais

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Bilhete metropolitano

O PERÍODO pós-eleitoral é uma ótima oportunidade para os prefeitos eleitos planejarem políticas comuns e complementares. É o que acontece agora com os futuros governantes de São Bernardo do Campo, Santo André, Mauá (no ABC) e Guarulhos (Grande SP), que se propõem a avançar, até o final de suas próximas administrações, na integração do transporte público da região metropolitana de São Paulo.
O jornal "Agora" noticiou ontem que os prefeitos dessas cidades (três do PT e um do PTB), além do prefeito de Osasco (do PT), reconduzido ao cargo, estão dispostos a criar um bilhete único metropolitano integrando as cidades à capital -o que poderia ser feito com o mesmo sistema adotado em São Paulo. O prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM) já se mostra solidário à iniciativa.
É essencial superar as rivalidades políticas para o sucesso da empreitada. Cada cidade pratica um preço em seu sistema de transporte público. Fazer a harmonização de tarifas e contratos é uma tarefa demorada e difícil, que exige determinação.
Nesse sentido, o concurso do governo estadual é crucial. A implantação do bilhete único na cidade São Paulo, ainda que bem-sucedida, não foi feita sem superação de dificuldades técnicas e administrativas para a integração dos sistemas municipal (ônibus) e estadual (Metrô e CPTM). Mas são inegáveis os benefícios que a unificação proporcionou, inclusive com o aumento na utilização do transporte público.
A iniciativa do prefeito Kassab de investir no Metrô paulistano -que é administrado pelo governo estadual- já foi um passo importante para a ação intergovernamental, que deve ser realizada no âmbito do Plano Integrado de Transportes Urbanos (Pitu).
O governador e os novos prefeitos podem agora avançar na solução sistêmica, atraindo de preferência investimentos privados para acelerar a integração.


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