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Opinião

Profético e provocador, carnavalesco foi rapsodo da história brasileira

MILTON CUNHA
Especial para a Folha

Além dos respeitados intelectuais, artistas populares contam bem um país. Músicos, cineastas, carnavalescos também são pensadores e impressionantes leitores da época em que viveram. Alguns, como o genial Joãosinho Trinta, alcançam dimensão filosófica, formando com sua obra um contundente painel sobre o Brasil do final do século 20 e início do 21.

Algumas vezes, ele foi um leitor profético, que leu questões que só serão entendidas ou contempladas décadas depois -a internacionalização da Amazônia, por exemplo.

Se a rapsódia também pode ser entendida como um conjunto de composições folclóricas de que o artista se apropria, eis aí uma das marcas da obra de Trinta: a partir de crendices populares de sua terra natal, o Maranhão, do Nordeste e do Brasil, ele monta seus cantos épicos.

É quando ele assume o papel do rapsodo -cantador que ia de cidade em cidade cantando a história de seu povo. Mais Joãosinho Trinta, impossível.

Morre o corpo, mas o conceito Joãozinho de conceber o Carnaval é imorredouro, pois único!

MILTON CUNHA é carnavalesco da Cidade do Samba

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